O clima favorável ao plantio no Brasil também influenciou os negócios. Segundo a empresa de meteorologia DTN, chuvas recentes em áreas de cultivo do País continuam melhorando a umidade do solo à medida que a semeadura da nova safra de soja avança no Brasil, sobretudo no Paraná, em Mato Grosso e em São Paulo. O plantio da safra 2022/23 de soja atingiu 1,5% da área estimada na quinta-feira passada (22), em comparação com 0,1% uma semana antes e 1,3% em igual período do ano passado, de acordo com levantamento de uma consultoria privada brasileira. O avanço foi puxado pelo Paraná e poderia ter sido maior, não fossem as chuvas frequentes no Estado e a falta de umidade que ainda predomina em outros, disse em nota a consultoria.
Apesar de preocupações com possíveis impactos negativos que o La Niña pode causar, especialmente no Sul do País, o clima entre agentes é de otimismo. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário levou parte dos agricultores a liquidar uma parcela da soja remanescente da safra 2021/22, resultando em queda nas cotações da oleaginosa no Brasil. Além disso, a ligeira desvalorização do dólar frente ao Real, que tende a deixar o produto nacional menos atrativo aos estrangeiros, também pressionou um pouco os preços domésticos – o dólar recuou 0,11% de 16 a 23 de setembro, a R$ 5,251 na sexta-feira, 23. Entre 15 e 22 de setembro, os Indicadores ESALQ/BMeamp;FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja recuaram 1,1% e 1,18%, com respectivos fechamentos de R$ 184,87/sc e de R$ 179,52/sc de 60 kg na sexta-feira.
Vale ressaltar que as baixas internas da soja em grão foram limitadas pelo avanço dos preços externos. A colheita da oleaginosa nos Estados Unidos também se iniciou, mas as atividades estão lentas frente às últimas temporadas. Além disso, as exportações norte-americanas cresceram 52% entre as duas últimas semanas. Na parcial deste mês, os embarques de soja superaram em 81% o volume escoado na parcial de setembro de 2021.enbsp;