Bom ritmo da colheita norte-americana e aumento dos estoques de passagem de uma temporada para a outra seguem pressionado os preços nos futuros de Chicago. Neste momento, manhã de segunda-feira, os preços cedem 5 cents, e operam a U$ 12,70/novembro.
Na última sexta-feira, houve queda de 25 cents diante de estoques norte-americanos acima do esperado. Na semana passada, as perdas ficaram acima de 2%. O mercado financeiro também não ajuda em nada e mostra toda a dificuldade para retomar a economia e domar a inflação neste período pós-pandemia.
O relatório trimestral de estoques, apresentado pelo USDA na sexta-feira, mostrou que havia em solo norte-americano, em primeiro de setembro, 7,30MT. Embora seja menor do que aquele apurado no mesmo ponto do ano passado, o volume deste ano é superior ao esperado em quase 1,0MT.
Enquanto isto, nesta semana ocorre, na China, o feriado Golden Week. As atividades normais só retornam no próximo dia 9. Portanto, neste período não dá para contar com nenhuma notícia mais empolgante daquela região para movimentar os mercados.
O plantio da safra brasileira de soja chega a 3,8%, ante 4,5% do mesmo ponto do ano passado. No Paraná, os trabalhos estão finalizados em 18%; no Mato Grosso, em 4%; São Paulo e Mato Grosso do Sul, em 2% e Goiás, em 1%. O levantamento é da consultoria Safras Mercado.
No mercado doméstico, as indicações de compra voltam a ficam acomodadas por conta de perdas na CBOT. Câmbio em alta compensa parte das perdas. Questões logísticas continuam pesando na formação do preço, com prêmios contidos e escalas alongadas de embarques e pagamentos. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 45/70 cents sobre a CBOT; para março, os prêmios estão na faixa de negativos 120/100.
Indicações de compra entre R$ 133,00/135,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 144,00/146,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.