ABIOVE projeta produção recorde para soja em 2025

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulgou projeções otimistas para o Complexo da Soja em 2025. Dessa forma, o setor deve alcançar um novo recorde, impulsionado por um aumento consistente no processamento mensal.

Em maio, o volume processado atingiu 4,87 milhões de toneladas. Esse número representa um crescimento de 2,1% em relação a abril e, além disso, uma alta de 13,6% sobre maio de 2024, considerando o ajuste do percentual amostral. No acumulado do ano, o processamento já soma 21,33 milhões de toneladas, um aumento de 5,9% na comparação anual.

Perspectivas para 2025

Segundo Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da ABIOVE, o ano tem sido positivo para o processamento da soja. Ele ressalta que esse desempenho está alinhado com o aumento da mistura obrigatória de biodiesel, que incorporou os percentuais B14 e B15 em 2024.

Além disso, o ambiente de maior demanda por óleo fortalece a indústria. Como resultado, mantém os níveis de atividade elevados.

Produção da soja deve crescer em 2025 e processamento em maio registra alta de 13,6% frente a 2024. Foto: Freepik

As previsões para 2025 mantêm-se robustas. A produção total de soja deve alcançar 169,7 milhões de toneladas. Já o esmagamento está projetado em 57,8 milhões de toneladas, com crescimento de 0,5%.

Da mesma forma, a produção de farelo e óleo de soja deve atingir 44,5 milhões e 11,6 milhões de toneladas, respectivamente. Esses números representam aumentos de 0,9% e 1,3%, respectivamente.

Cenário de exportações

No mercado externo, as expectativas permanecem positivas. O Brasil deve exportar 109 milhões de toneladas de soja em grãos, com alta de 0,9%.

Por outro lado, as exportações de farelo tendem a se manter em 23,6 milhões de toneladas. Já as de óleo de soja, por sua vez, devem recuar 3,6%, para 1,35 milhão de toneladas.

Entretanto, as importações de óleo de soja estão estimadas em 100 mil toneladas. Enquanto isso, as de soja, em 500 mil toneladas, para complementar a oferta no mercado interno.