INÍCIO AGRICULTURA Soja

ABIOVE afirma que produção de soja pode atingir 151 milhões de ton

Segundo o presidente da entidade, os primeiros levantamentos junto às associadas indicam uma área plantada de soja na safra 2022/23 próxima de 42 milhões de hectares em 2022/23, com a produção brasileira podendo atingir 151 milhões de toneladas.
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- Especial para Rural News
Publicado em 29/08/2022

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, disse que os primeiros levantamentos junto às associadas indicam uma área plantada de soja na safra 2022/23 próxima de 42 milhões de hectares em 2022/23, com a produção brasileira podendo atingir 151 milhões de toneladas.

Com isso, num cenário otimista, o processamento interno da oleaginosa pode alcançar 49,2 milhões de toneladas em 2022/23, segundo Nassar. O representante assinalou que o Brasil deve exportar mais óleo de soja neste ano, e isso pode significar a continuidade do interesse de importadores no ano que vem. "O mercado de óleo se comportou de forma muito diferente, sustentou o processamento em um momento em que o governo decidiu baixar a mistura de biodiesel", disse.

Para 2023, a demanda chinesa por óleo de soja ainda é uma incógnita, mas Índia e Bangladesh têm interesse em diversificar fornecedores, segundo Nassar. Conforme o representante, o Brasil cresceu em mercados de exportação em que não atuava tanto e as empresas associadas à Abiove podem querer consolidar essa posição.
Já do lado do farelo, Nassar destacou a abertura do mercado da China, mas ponderou que quanto o país vai comprar depende da sua estratégia. "Pequenas compras chinesas representam enorme volume para a nossa exportação de farelo", disse.Quanto às margens, Nassar afirmou que 2022 começou com boas margens e elas foram caindo à medida que o preço da soja subiu. Para o ano que vem, as margens previstas pela indústria devem manter o processamento ou aumentá-lo, "o que é muito positivo para o Brasil".

O presidente da Aprosoja-SP, Azael Pizzolato Neto, disse que a safra que se inicia é "muito desafiadora" para os produtores. "Apesar dos preços da soja em níveis históricos, quando olhamos a relação de troca, ela é muito ruim", disse, destacando que sojicultor desembolsa 30 sacas da oleaginosa por tonelada de cloreto de potássio. Conforme o representante, para a safra 2022/23, produtor precisará de uso racional de recursos financeiros e fertilizantes.

Sobre o autor

Analista Senior de Mercados Agroeconômicos da T&F Consultoria, consultor, palestrante e professor pioneiro em cursos de comercialização de grãos no Brasil. Ministrou o primeiro Curso de Comercialização de Soja no Brasil em 1976, além de ministrar o primeiro curso aberto sobre o tema (1979) e também sou pioneiro em ministrar o primeiro Curso de Comercialização de Grãos com duração de 12 meses (2020) no Brasil. Possui em seu currículo mais de 300 cursos e palestras realizados para empresas, universidades, congressos e dias de campo no Brasil e no Exterior (EUA, França, Paraguai, Bolívia e Argentina). Especialsita em operação de mercados futuros (trigo em Chicago e Matba; milho na B3 e Soja em Chicago), além de dólar na B3. É editor-chefe de boletins diários de açúcar, milho, soja e trigo, além de realizar estudos de planejamento da comercialização anual para agricultores e empresas e consultoria para viagens técnicas internacionais.
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