O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) autor do “Mapeamento da Produção Silvicultural em Mato Grosso”, lançado na primeira quinzena de julho, identificou as principais espécies de florestas cultivadas no estado, tendo como destaque o eucalipto e a teca. O estudo foi encomendado pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).enbsp;
O estudo mapeou a produção, traçou o perfil dos produtores rurais, identificou os principais gargalos e desafios enfrentados na silvicultura do estado. O objetivo do trabalho é auxiliar o produtor rural na tomada de decisão, em políticas públicas e ações estratégicas para a atividade.enbsp;enbsp;
“Esse material foi importante para identificarmos as dificuldades e oportunidades do setor da silvicultura em Mato Grosso. Como, por exemplo, a necessidade de adoção de práticas de manejo mais eficientes, tanto na teca quanto no eucalipto, além de trazer dados sobre a oferta de biomassa disponível no estado. Identificamos que dos 129,26 mil hectares plantados de eucalipto, 57% já foram comercializados em Mato Grosso.”, disse a coordenadora de Desenvolvimento Regional do Imea e do projeto, Vanessa Gasch.
O eucalipto tem grande potencial para atender a demanda crescente de biomassa para as atividades já consolidadas, bem como das novas agroindústrias, principalmente as de etanol de milho que tem se instalado em Mato Grosso. A construção e ampliação dessas usinas de etanol de milho vêm pautando esse novo ciclo de desenvolvimento. A maior concentração de plantios de eucaliptos está no sudeste e oeste do estado.
Mato Grosso é o segundo maior produtor de teca do país, com uma área de aproximadamente 68,1 mil hectares, segundo levantamento do Imea feito em 2019. Os plantios de teca estão mais concentrados nas regiões oeste e norte de Mato Grosso.
A metodologia utilizada para o mapeamento utilizou imagens de satélite das áreas a partir dos pontos georreferenciados, aplicação de questionários no final do ano de 2021 e levantamentos secundários de outras instituições.
O documento também tratou sobre as principais formas de utilização de informação para a produção das culturas, utilização de softwares para controle da produção, características da propriedade e da produção, perfil fundiário do estado, manejo e tratos culturais, pragas e doenças, uso de tecnologias, comercialização, modalidade de negócio da produção, logística (frete), genética das florestas plantadas, entre outros pontos importantes no setor de florestas.
Além de mapear a produção de eucalipto e de teca no estado, o estudo avaliou a situação de mudas das espécies florestais em viveiros mato-grossenses, assim como a origem da biomassa utilizada pelas agroindústrias e análise das linhas de crédito para os silvicultores.
O“Mapeamento da Produção Silvicultural em Mato Grosso” foi lançado na abertura oficial da Colheita de Milho, em Canarana, no Vale do Araguaia. O material possui 121 páginas e é uma iniciativa da Arefloresta e do Senar-MT, produzido pelo Imea.