Os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago encerraram esta sexta-feira (29) com valores quase 30% menores que os do início de janeiro deste ano. O milho de março terminou o dia com queda de 3 centavos na Bolsa de Chicago, sendo comercializado a US$ 4,71¼, queda de menos de 2 centavos semana após semana. Já a s soja de janeiro fechou em queda de 11¾¢, a US$ 12,93½, queda de cerca de 6¢ semana após semana.
O trigo CBOT caiu 3½ ¢. O trigo KC caiu 1¾¢. O trigo de Minneapolis caiu 2 centavos. Este foi o pior desempenho do cereal em um mesmo ano desta década nos Estados Unidos, declínio anual mais acentuado desde 2013. “Com muito poucas notícias, o milho foi mais uma vez vítima do trigo e da soja”, diz Riley Schwieger, corretor de commodities da CHS Hedging. "A soja ficou mais fraca no final da semana e do ano, depois de melhores previsões na América do Sul terem dificultado qualquer ideia de uma recuperação.. Não há muito para o trigo hoje; nem mesmo os combates no Mar Negro poderiam inflamar o mercado", afirmou.
Enquanto o março/23 valia US$ 6,70/bushel na primeira sessão deste ano, o março/24, após queda de 3 pontos, fechou esta sexta-feira cotado a US$ 4,71/bushel. Ou seja, comparando os dois contratos mais negociados no início e final do ano, a redução foi de 29,7%. Além do março/24, a CBOT fechou nesta sexta com queda de 2,75 pontos no maio/24 que foi a US$ 4,83/bushel, o julho/24 com redução de 2,25 pontos caindo para US$ 4,93 e o setembro/24 com diminuição de 1,5 ponto indo a US$ 4,97/bushel.
As colheitas no Brasil e nos Estados Unidos ajudaram a compensar as perdas da safra argentina. Agora, no final do ano, a melhoria das chuvas da Argentina permitiu aos agricultores bons progressos na semeadura do milho, embora haja dúvidas quanto a as condições do Brasil.
De acordo com o Farm Progress, “a colheita inesperadamente grande nos EUA e uma concorrência acirrada no exterior têm sido enormes obstáculos nos últimos meses”. A projeção é de que “as exportações precisarão aumentar significativamente para mover o ponteiro em uma direção mais otimista no futuro”.