Estimativa de abril é 12,2% maior que a safra de 2024 e traz alta para arroz, soja e milho.
A estimativa de abril do IBGE para a safra de 2025 totaliza 328,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, volume 12,2% superior ao obtido em 2024 e 0,2% acima da previsão divulgada em março. A área a ser colhida deve chegar a 81 milhões de hectares, representando um aumento de 2,5% na comparação com o ano anterior.
Arroz, milho e soja continuam sendo os principais produtos da safra, concentrando juntos 92,7% da produção e 87,7% da área plantada. Em relação a 2024, o arroz em casca tem produção estimada em 11,9 milhões de toneladas, com alta de 12,2%. A soja, por sua vez, deve atingir 164,2 milhões de toneladas, avanço de 13,3%. Já o milho, somando as duas safras, pode chegar a 128,2 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 11,8%, sendo 25,8 milhões de toneladas na primeira safra e 102,5 milhões na segunda.
Outros destaques incluem o trigo, com estimativa de 8,1 milhões de toneladas, o algodão em caroço, com 9,1 milhões, e o sorgo, que deve alcançar 4,1 milhões. Na comparação com o mês anterior, as maiores altas foram registradas na segunda safra de milho, com aumento de 692,6 mil toneladas; no milho primeira safra, com alta de 257,3 mil toneladas; no café arábica, com 74,7 mil toneladas a mais; e na uva, com acréscimo de 37,8 mil toneladas. Já os recuos mais relevantes ocorreram no feijão segunda safra, que caiu 56,5 mil toneladas; no trigo, com redução de 84,2 mil toneladas; no sorgo, com queda de 22,7 mil toneladas; e na soja, que teve corte de 69,6 mil toneladas.
Em termos regionais, o crescimento da produção em relação a 2024 deve ser de 14,5% no Centro-Oeste, 13,6% no Sudeste, 11,0% no Norte, 8,9% no Sul e 8,8% no Nordeste. O Mato Grosso permanece como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,8% na produção total do país, seguido por Paraná (13,7%) e Goiás (11,7%).