Depois do calorão, que teve sensação térmica acima de 53 graus no meio Norte no Mato Grosso, entre novembro e dezembro do ano passado, agora o que preocupa os agricultores é o excesso de chuvas. Choveu bastante entre quarta-feira da semana passada e essa segunda feira, 15/01. São quase 5 dias e a preovisão do tempo ainda mostra que nesta terça-feira há condição de chuva naquelas cidades. Uma sequência de chuvarada intensa, como resultado do calor e da atuação de mudanças climáticas repentinas em varias regiões. Estamos ai vendo a tragédia que se abateu sobre São Paulo e o Rio de Janeiro, com várias mortes. Até segunda-feira à tarde havia o registro de 12 mortes.
No Paraná, chuvas na região Noroeste, em Campo Mourão e em Umuarama, áreas de colheita de variedades precoces de soja que já estão prejudicadas. No Mato Grosso, as variedads precoces estão fortemente prejudicadas e já sentem um prejuzido próximo de 500 milhões de reais. Repercutiu bastante a fala do economista Antônio da Luz, da Farsul, aqui no RuralNews, que afirmou que as estimativas da Conab e do IBGE não estão refletindo a realidade atual.
Podem até ter refletido a realidade de dezembro, mas nesse momento, e embora o levantamente tenha sido feito na segunda semana de janeiro, ele está muito humilde para aquilo que se tem apurado por meio das consultorias particulares, que atuam no Mato Grosso e apontam que as perdas ja são maiores .
Perdas que vão influenciar não só na questão da soja, que o brasil tem grande segurança de obter bons resultados, ou pelo menos tinha, mas também no milho, que trouxemos previsão no comentário anterior de que os precos podem chegar aos patamares da pandemia da Covid-19 e da estiagem no Rio Grande do Sul, em torno de R$ 100 a saca.
Na época, em algumas regiões do país, o milho chegou a ser vendido a R$ 155 a saca de 60 kg. Essa possibilidade já existe emais uma vez. Ela está se repetindo agora com a chuvarada no Mato Grosso e perdas e atrasos em outros Estados que interferem na soja, prejudicam o agricultor que não vai ter caixa para investir na próxima safra de milho. Aquilo que se esperava em termos de plantio corre o sério risco de não ser atingido.
Essas notícias graves que a gente precisa acompanhar com muita atenção para passar para o nosso agropecuarista, nosso produtor rural, que é a grande mola propulsora do nosso País, e que muitas vezes são abandonados pela nossa autoridades, que não sao reconhecidos pela população e que estao embaixo de sol, embaixo de chuva, apostando no Brasil.