A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu, na quinta (30), a sustentabilidade da produção agropecuária brasileira durante a abertura nacional do plantio da soja safra 2021/2022, em Campos Novos (SC), de forma semipresencial.
O evento, realizado pelo Canal Rural e Aprosoja Brasil, também celebrou os 10 anos do Projeto Soja Brasil, expedição que promove reportagens, fóruns e debates para levar informação sobre as lavouras aos sojicultores.
Rodrigo Justus, consultor de Meio Ambiente da CNA, afirmou que agricultura sustentável é o manejo eficiente dos recursos disponíveis. Ele argumentou que a soja brasileira é sustentável, pois é plantada há mais de 40 anos, o que indica o cuidado do produtor rural com o uso do solo.
"Um agricultor que não usa o solo direito pode danificar a propriedade e ir à falência. Ou seja, a nossa soja não pode ser considerada insustentável porque plantamos desde a década de 70.”
Além do cuidado com os recursos naturais, Justus pontua que a sustentabilidade também é manter os níveis de produção necessários para atender a demanda por alimentos, ter uma propriedade lucrativa e um produto cada vez mais saudável.
“O produtor também precisa ter responsabilidade social e cumprir a legislação. Se ele atender todos esses requisitos pode considerar que tem uma produção sustentável.”
O consultor, no entanto, ressaltou que não basta apenas produzir com sustentabilidade. É necessário melhorar a comunicação com a sociedade sobre a realidade de como o produtor faz o seu trabalho protegendo o meio ambiente.
“A posição que estamos hoje é resultado da aplicação da ciência e da tecnologia no campo. Temos um legado.”
Justus observou que o agro ainda tem muito desafios. “É claro que, além dos produtores com boa tecnologia, há também produtores pequenos que precisam de acesso a mais tecnologia, financiamento, assistência técnica e extensão rural, temos que trabalhar nessas questões."