Aumento da área de soja em Goiás eleva safra 2025/26
Clima segue sendo fator decisivo para o desenvolvimento das lavouras
Plantio de soja em Goiás mostra impacto do aumento de área na safra 2025/26. Foto: Cláudio Carvalho dos Santos
As estimativas de novembro para a safra de soja 2025/26 e para o milho verão praticamente não mudaram. Segundo a StoneX, empresa global de serviços financeiros, isso ocorre porque ambos os cultivos ainda estão no início do ciclo.
No caso da soja 2025/26, houve uma leve elevação de 0,1% em relação à previsão de outubro, com produção projetada em 178,9 milhões de toneladas. Esse ajuste se deve ao aumento de 50 mil hectares na área de Goiás.
O clima segue sendo fator decisivo. Chuvas irregulares atrasaram o plantio em várias regiões, e há necessidade de replantio em alguns casos. No entanto, previsões indicam meses mais chuvosos e precipitações regulares, cenário favorável para a safra, atualmente estimada em nível recorde.
Para o milho verão, a estimativa de novembro se manteve em 25,6 milhões de toneladas, pouco acima do ciclo anterior. Assim como na soja, o clima é monitorado de perto, especialmente em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, onde a produção é maior.
No caso da soja, as atenções também se voltam para as exportações, após negociações entre Estados Unidos e China sobre tarifas comerciais. Para o milho, o consumo interno deve se manter aquecido, impulsionado pela produção de etanol.
Milho segunda safra
A primeira estimativa da safrinha de milho 2025/26 aponta produção de 107 milhões de toneladas, 4,1% abaixo do ciclo anterior. Apesar do aumento esperado de 1,3% na área plantada, impulsionado pela boa rentabilidade da safra 2024/25, a produtividade da segunda safra ainda é incerta.
Este ano, o clima favoreceu a primeira safra, mas o milho cultivado após a soja enfrenta riscos de falta de chuvas e atrasos no plantio. A definição final da área ocorrerá apenas no próximo ano.
