Aprosoja-MT envia contribuições ao MAPA para o Plano Agrícola e Pecuário 2025/2026
Ampliação de recursos e redução de juros para armazenagem são algumas das prioridades destacadas pela entidade.
Redação RuralNews
22/03/2025 | 07:00:00
A Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso) encaminhou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) suas contribuições para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2025/2026, destacando a necessidade de harmonização entre normas socioambientais e econômicas e o fim de restrições privadas ao crédito, como a Moratória da Soja. A entidade ressaltou o impacto da burocracia e das limitações orçamentárias, que resultaram em uma queda de 34,5% na liberação de crédito rural nos primeiros meses do PAP 2024/2025.
A proposta inclui a ampliação do crédito para armazenagem e a redução das taxas de juros do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), considerando o crescente déficit de capacidade de armazenamento do estado.
Dados apontam que Mato Grosso só pode armazenar 58% de sua produção, o que pode gerar um déficit de até 173,22 milhões de toneladas até 2032. A Aprosoja-MT sugere aumentar o orçamento do PCA para R$ 9 bilhões e reduzir as taxas de juros para 6% ao ano, além de tornar o repasse de recursos mais ágil.
Outras sugestões incluem a criação de uma linha de crédito para equipamentos de combate a incêndios florestais e o estímulo à prática de coberturas de solo (cover crops), que ajudam na captura de carbono. A entidade também propõe a reformulação do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e a ampliação do financiamento da agropecuária por meio de FIAGROs.
Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja-MT, destacou a importância da previsibilidade para os beneficiários.
Aprosoja-MT destaca a importância de ampliar os recursos e melhorar a gestão do crédito rural para garantir o desenvolvimento sustentável da agropecuária.
“O crédito rural com equalização de juros enfrenta constantes restrições orçamentárias, agravados por excessiva burocracia e ao alto e crescente custo de captação devido a diversos encargos", ressalta.