Produtores de leite e parlamentares se reuniram com presidente do Senado

Com o objetivo de apresentar as principais demandas da atividade para conter os prejuízos à produção nacional, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Uma das principais dificuldades do setor é o fim das importações de leite em pó subsidiado da Argentina. O setor defende medidas compensatórias diante dos impactos negativos causados à produção brasileira e os produtores nacionais com a prática desleal de comércio.

O presidente do Senado se mostrou sensível às demandas. Pacheco se comprometeu a levar um documento com as propostas à Presidência da República, que será elaborado pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).
Também esteve presidente na reunião o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, juntamente com o deputado Zé Vitor (PL-MG). Para Lupion, é muito importante esse movimento de trazer as preocupações do setor ao Governo Federal. As demandas foram discutidas e expostas no 2°Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite

Para se ter uma idéia, nos últimos 13 meses, as importações de leite em pó aumentaram 370%, se mantendo acima de 150 milhões de litros por mês. E os números de outubro deste ano devem superar os 200 milhões de litros. Isso significa que mais de 98% do leite importado pelo Brasil vem da Argentina, Uruguai e Paraguai.
Somente de janeiro a setembro deste ano, o Brasil importou 1,5 bilhão de litros, superando todo o volume internalizado de 2022. As entidades possuem uma estimativa de que as importações dos produtos alcancem volume recorde de 2 bilhões de litros.