Durante o mês de julho, as temperaturas da superfície do mar (TSMs) abaixo da média se expandiram ao longo do oceano Pacífico Equatorial central e leste. Os índices Niño semanais indicaram intensificação do resfriamento, com os últimos índices Niño-3,4 e Niño-4 atingindo -1,0°C.
enbsp;A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) prevê que o fenômeno vai continuar, mas a chance de La Niña diminui gradualmente de 86%, na próxima primavera, para 60%, durante o período entre dezembro e fevereiro de 2022-23.enbsp;
Situação rara : se isso acontecer, esta será apenas a terceira ocorrência de três verões consecutivos com influência do fenômeno La Niña, de acordo com os registros históricos da NOAA.
Vários modelos estão prevendo que o La Niña fará a transição para a fase neutra no trimestre janeiro-fevereiro-março, e a previsão consenso da NOAA indica probabilidade de 47% tanto para para La Niña como para a neutralidade.
enbsp;Segundo especialistas do instituto norte-americano, seria muito raro o evento terminar tão cedo no ano. Se o La Niña decair para neutralidade entre janeiro e março de 2023, seria apenas a 4ª vez nos 24 verões de La Niña registrados.
Impactos no Brasil
No Sul do Brasil, as chuvas devem reduzir em relação os últimos meses e há previsão para estiagem durante a próxima primavera;
Na metade norte do País, os eventos chuvosos devem ser mais intensos e há risco maior para períodos de invernada em algumas áreas no início do verão;
Na área central do Brasil, o La Niña provoca um risco maior para irregularidade do retorno das chuvas no início da primavera.
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Ainda sob condições mais frias do Oceano Pacífico Equatorial, neste ano há um risco maior para frio tardio sobre o centro-sul do País e até mesmo com possibilidade para ocorrência de geadas sobre a Região Sul, especialmente até a primeira quinzena de setembro.