“Plano Safra da FPA está dentro do que o agro precisa”, afirma Tereza Cristina
Bancada cobra prioridade do governo ao setor produtivo nacional
Foto: FPA/divulgação
Durante a reunião semanal da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada nesta terça-feira (29), os parlamentares destacaram a importância de que o próximo Plano Safra atenda especialmente os pequenos e médios produtores.
Eles reforçaram ainda que o setor agropecuário brasileiro deve ser reconhecido como peça central para o desenvolvimento social e econômico do país. Com esse objetivo, a bancada entrega ainda hoje ao ministro da Agricultura o plano elaborado pelo colegiado.
Segundo a senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da FPA no Senado, o agro manteve as prateleiras abastecidas ao longo das últimas cinco décadas. Para ela, além de acesso a crédito adequado e condições dignas de trabalho, o setor precisa de apoio a quem realmente produz.
“É fundamental que o trabalhador rural tenha previsibilidade e o agro seja visto como uma política de enfrentamento da inflação, que é uma ameaça real à estabilidade econômica. O plano safra atual não está mais funcionando e precisamos refletir sobre isso.”
Tereza Cristina também destacou que, diante do que tem sido oferecido nos últimos anos, não é correto afirmar que o agro vive às custas do governo. “No ranking dos países que recebem subsídios, o Brasil está lá embaixo. Sabemos como auxiliar, mas o agro precisa ser ouvido e respeitado. São pilares que estruturamos para que o plano safra seja melhor utilizado”, afirmou.
Plano da FPA
O plano safra construído pela bancada será entregue em mãos ao ministro Carlos Fávaro pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), coordenador institucional da FPA. Segundo o parlamentar, o objetivo é oferecer tranquilidade ao produtor rural, que precisa de segurança para planejar suas ações.
“A palavra é previsibilidade. Se o produtor não sabe o que está prestes a ocorrer, não terá segurança para colocar seu trabalho em prática. O pequeno e médio produtor precisa de um plano consistente e que impulsione ainda mais suas ações”, afirmou Moreira.
Ele também defendeu mudanças no atual modelo de financiamento, que considera ultrapassado. “Estamos entregando um plano para dizer o que a FPA e as entidades do setor decidiram ser importante: valores e volumes necessários. Estamos retirando burocracias e precisamos acabar com o que é desnecessário.”
Entre os principais pontos do plano estão o pedido de um aporte de R$ 25 bilhões para equalização de juros e a destinação de pelo menos 1% do valor total do plano — cerca de R$ 5,99 bilhões — para subvenção ao seguro rural. A proposta busca garantir previsibilidade ao produtor e evitar a suspensão no crédito, como ocorreu em fevereiro deste ano.
