Dia Mundial da Aquicultura reforça inovação e sustentabilidade
Data destaca a importância da aquicultura para a produção de alimentos, a segurança alimentar e o avanço de práticas sustentáveis no Brasil.=
Aquicultura ganha destaque por seu papel crescente na produção sustentável de alimentos. Foto: Assesoria / Divulgação
No dia 30 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Aquicultura. A atividade envolve o cultivo de peixes, crustáceos, moluscos, algas e outros organismos aquáticos de interesse humano. Como esse cultivo ocorre em ambientes controlados, ele permite ampliar a produção e, ao mesmo tempo, reduzir impactos ambientais. Nesse contexto, o Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, se destaca como referência em pesquisa e inovação.
De acordo com Eduardo Ferraz, pesquisador e assistente técnico do IP, a aquicultura já é essencial para a segurança alimentar e o desenvolvimento regional. Além disso, contribui para a inclusão social e fortalece São Paulo como um dos principais polos de produção de pescado no país. Ele ressalta que processos inovadores tornam a atividade mais sustentável e reforçam a chamada “revolução azul” brasileira.
Projetos que integram produção e sustentabilidade
Entre as iniciativas do IP está o Programa Integração Piscicultura-Agricultura-Pecuária (IPAP). O projeto busca soluções para o descarte de efluentes da piscicultura. Assim, transforma resíduos com potencial poluidor em biofertilizantes para a agricultura e a pecuária. Com isso, incentiva a ciclagem de nutrientes e segue os princípios da economia circular.
Outro destaque é o Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Sanidade em Piscicultura (CCD-SP), aprovado pela Fapesp e coordenado pelo IP. O centro desenvolve kits de diagnóstico, vacinas e ações de melhoramento genético da tilápia. Essas tecnologias ajudam no enfrentamento de doenças emergentes, como as causadas por Francisella orientalis(FO) e pelo vírus ISKNV. Dessa forma, melhoram a qualidade da produção para produtores e consumidores.
Avanços no cultivo de macroalgas
O Programa Algicultura SP também cumpre papel estratégico. Ele promove o desenvolvimento sustentável do cultivo de macroalgas no estado. Além disso, aproxima produtores, indústria e órgãos reguladores, criando um ambiente favorável à inovação. Nesse trabalho, o IP se destaca nos estudos sobre a macroalga Kappaphycus alvarezii, usada na produção de carragenana, biofertilizantes, bioplásticos, biocombustíveis, cosméticos, rações e fármacos.
Com todas essas iniciativas, o Instituto de Pesca reforça seu compromisso com o avanço sustentável da aquicultura. O órgão incentiva inovação, preservação ambiental e o fortalecimento de toda a cadeia produtiva.
O Instituto de Pesca é uma instituição científica e tecnológica vinculada à Apta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Sua missão é desenvolver soluções inovadoras para o fortalecimento da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
