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Famato critica veto ao ajuste do Fethab sobre abate de fêmeas

Famato critica veto ao projeto que ajustaria cobrança do Fethab sobre abate de fêmeas e pede revisão pela Assembleia Legislativa

Famato critica veto ao ajuste do Fethab sobre abate de fêmeas

Famato defende ajuste no Fethab para corrigir distorções na tributação do abate de fêmeas. Foto: Vania Costa

Foto do autor Redação RuralNews
04/08/2025 |

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) manifestou surpresa com o veto total do governador Mauro Mendes ao Projeto de Lei nº 1.154/2024. A proposta, aprovada pela Assembleia Legislativa em 9 de julho, alterava a cobrança do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) sobre o abate de bovinos. O projeto previa, portanto, alíquotas diferentes para machos e fêmeas.

Pelo texto, a alíquota para fêmeas cairia para 8,02% da UPF-MT. Já a dos machos se manteria em 11,5%. Além disso, a mudança ajustava a contribuição às entidades do setor. No caso das fêmeas, a taxa passaria de 1,26% para 0,88%. A publicação do veto ocorreu no Diário Oficial do Estado em 31 de julho de 2025.

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Entidade vê retrocesso e pede revisão

Para a Famato, o veto representa um retrocesso. A entidade argumenta que a medida ignora uma desigualdade histórica entre o abate de machos e fêmeas. Por isso, reforça que participou da elaboração da proposta com base em estudos do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

De acordo com os dados, as fêmeas têm, em média, 30% menos peso de carcaça que os machos. Além disso, recebem cerca de 10% a menos por arroba no mercado. A diferenciação das alíquotas, portanto, buscava corrigir essa distorção tributária.

O governador justificou o veto com base em parecer da Procuradoria-Geral do Estado. Segundo o parecer, o projeto invadiria competência do Executivo. Além disso, não apresentaria estimativas de impacto financeiro, o que caracterizaria renúncia de receita sem compensação.

Famato defende justiça fiscal e diálogo

A Famato, por sua vez, rebate que o ajuste não configura renúncia de receita. Conforme a entidade, trata-se de um aperfeiçoamento técnico, mais alinhado com o mercado. Reforça, ainda, seu compromisso com a justiça fiscal e o fortalecimento do setor produtivo.

Diante disso, a entidade espera que a Assembleia Legislativa reconsidere o veto. Para a Famato, é essencial respeitar o trabalho técnico e a vontade dos produtores rurais. Além disso, defende o direito constitucional do Parlamento estadual de legislar sobre temas econômicos e tributários.

“O veto surpreende e causa estranheza, principalmente por ignorar os dados técnicos do Imea. Não diferenciar as alíquotas é manter uma injustiça que penaliza o produtor e compromete a sustentabilidade da pecuária”, afirmou o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

TAGS: #Famato # Fethab
# Setor # Mato Grosso # Abate # Fêmeas
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Editor RuralNews
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