Após um período de preços desanimadores para os produtores, a arroba do boi gordo começa a reagir no mercado futuro da B3. O preço, que chegou a R$ 240, tem chamado a atençào dos especialistas que tentam decifrar os fatores do aumento das últimas semanas. O preço para o final do ano é uma das preocupações dos pecuaristas.
A oferta ainda tímida de animais ainda é uma realidade, segundo especialistas. Porém, quando se olha para a exportação e o consumo doméstico, os números são positivos, especialmente no último trimestre do ano. A oferta, que vinha sendo um ponto de preocupação nos últimos meses, apresentou uma diminuição em setembro.
O mercado futuro parece acreditar que essa oferta será mais tímida nos próximos meses, uma percepção que faz sentido considerando o confinamento pouco atrativo nos últimos tempos e a evolução da entre safra. As exportações, apesar de não terem recuperado os números do ano passado, estão se aproximando. Em setembro deste ano, a média diária nos primeiros 10 dias úteis foi 24% maior do que a de setembro do ano passado, indicando um potencial novo recorde para o mês.
No cenário interno, a queda de preços no varejo tem melhorado o potencial de escoamento da carne bovina e estimulado o consumo na ponta final. Em resumo, o mercado do boi gordo está em um momento de transição, com diversas variáveis em jogo.
A oferta , apesar de maior que em outros anos, tende a diminuir no terceiro trimestre por conta do desístimulo junto ao confinador a demanda, as exportações e o consumo interno são fatores que continuarão a moldar o cenário nos próximos meses. Produtores e investidores devem ficar atentos às tendências e ajustar suas estratégias de acordo com a evolução dos preços.