A partir de fevereiro de 2025, a bolsa vai usar o indicadordo boi gordo da Datagro no lugar do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP/Esalq. A adoção do novo indicador já foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Conforme divulgado em ofício da instituição financeira dirigido ao mercado, contratos com vencimentos até janeiro de 2025 serão liquidados pelo Indicador de Preços do Boi Gordo CEPEA/B3. A Datagro, consultoria com mais de 35 anos de expertise no setor agropecuário.
A Datagro possui hoje uma base de dados que conta com três mil pecuaristas e 120 frigoríficos, o que significa um indicador baseado em uma amostra maior e mais capilarizada. “Não podemos deixar de parabenizar o Cepea, que contribuiu com um trabalho excelente e extremamente confiável”, diz Tirso Meirelles, presidente da Faesp.
Para a B3, essa mudança deve contribuir para dar mais liquidez ao mercado do boi gordo na empresa, incentivando mais investidores a negociar contratos futuros. “Nós, de fato, precisávamos de uma modernização e essa forma como a Datagro obtém os dados acaba fazendo com que a amostra seja maior e mais relevante”, afirmou a diretora de produtos de commodities da B3, Marielle Brugnari.
O vice-presidente da Faesp e coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da entidade mencionou a respeito dessa mudança: “A Datagro, com sua seriedade, imparcialidade e apego aos princípios científicos, tem muito a acrescentar na evolução metodológica do indicador de preços da pecuária brasileir.
Tal como o CEPEA, da Datagrp manterá constante preocupação com a transparência, simetria de informações e constante diálogo com o setor produtivo, quesitos fundamentais para a manutenção do equilíbrio nas relações comerciais da pecuária brasileira”.
A B3 vai trocar o indicador usado para liquidar os contratos do boi gordo no mercado futuro.
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Nós, de fato, precisávamos de uma modernização e essa forma como a Datagro obtém os dados acaba fazendo com que a amostra seja maior e mais relevante
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Marielle Brugnari, diretora de produtos de commodities da B3