A partir de 1º de maio, Goiás começa a vacinação contra a raiva e declaração de rebanho
Produtores rurais de 119 municípios goianos devem vacinar seus rebanhos contra a raiva de herbívoros até 15 de junho

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Em Goiás, a partir de 1º de maio, começa o prazo para a declaração de rebanho e a última campanha obrigatória de vacinação contra a raiva de herbívoros, conforme as orientações da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Até o dia 15 de junho, todos os animais das espécies bovina, bubalina, equídea (equina, muar e asinina), caprina e ovina devem ser imunizados nos 119 municípios do estado classificados como áreas de alto risco para a doença.
A vacinação, que segue a Portaria nº 246/2025 da Agrodefesa, será a última obrigatória. A partir de julho, conforme a Instrução Normativa nº 01/2025, a imunização se tornará estratégica, sendo exigida apenas em propriedades onde a raiva tenha sido confirmada e recomendada em áreas periféricas, em um raio de até 12 quilômetros.
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, explicou que a mudança na abordagem da vacinação reflete um movimento nacional de regionalização, focando nas áreas onde a doença tem maior incidência. "Apesar dessa mudança, a vacinação obrigatória ainda é necessária para os produtores dos 119 municípios de risco. O não cumprimento poderá resultar em sanções, como a proibição de emitir guias de trânsito animal", afirmou.
A raiva, transmitida principalmente por morcegos hematófagos, é uma zoonose de alta letalidade. Ramos ressaltou que a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção contra surtos, e que a imunização dos rebanhos também protege a saúde humana, além de evitar prejuízos econômicos e sanitários.
Na última campanha de vacinação, realizada no final de 2024, Goiás obteve uma cobertura de 99,15% de vacinas aplicadas, imunizando aproximadamente 2,5 milhões de bovinos e bubalinos de 0 a 12 meses. "A adesão quase total à campanha demonstra o comprometimento dos pecuaristas com a saúde do rebanho e com a sanidade do estado", destacou Ramos.
Orientações para as revendas
As vacinas devem ser compradas exclusivamente em revendas autorizadas pela Agrodefesa entre 29 de abril e 15 de junho. Estas revendas precisam manter um controle rigoroso sobre a entrada e saída das vacinas e garantir o armazenamento adequado. A Agrodefesa realizará fiscalizações semanais para verificar o cumprimento das normas. Caso vacinas sejam adquiridas fora do estado, o produtor deve apresentar a nota fiscal eletrônica como comprovação.
Declaração de rebanho
Simultaneamente à campanha de vacinação, também começa em 1º de maio o prazo para a declaração obrigatória de rebanho. Todos os pecuaristas devem declarar suas propriedades no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) até 30 de junho, incluindo informações sobre o número de animais, nascimentos, mortes e outras alterações.
Denise Toledo, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, ressaltou a importância de manter os dados atualizados. "A declaração de rebanho é fundamental para monitorarmos a saúde do rebanho e tomarmos ações rápidas quando necessário. Ela também é essencial para a vigilância sanitária e para planejar medidas de defesa agropecuária", afirmou.
Ela lembrou que Goiás é um exemplo de excelência em sanidade animal, um reconhecimento que é resultado do trabalho conjunto entre produtores e a Agrodefesa. A vacinação e a declaração de rebanho são pilares essenciais desse sucesso.
Caso haja dúvidas sobre a vacinação ou a declaração de rebanho, os pecuaristas podem procurar as unidades locais da Agrodefesa ou entrar em contato pelo telefone 0800 646 1122.
