O sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) vem ganhando força no Brasil nos últimos anos. Somente na última década, triplicou de tamanho, passando de 6,7 milhões de hectares para cerca de 19 milhões/ha. A estratégia de produção consiste na utilização integrada de diversos sistemas agrícolas, pecuários e florestas. “Trata-se de uma tecnologia diversa e que pode ser utilizada por pequenos, médios e grandes produtores. Totalmente adequável ao tamanho das propriedades. Trata-se de uma importante contribuição do agronegócio brasileiro para o aumento da produção agrícola e animal com sustentabilidade”, explica William Marchió, Médico veterinário graduado pela UNESP e consultor de agronegócios da Belgo Bekaert, empresa líder e referência no mercado brasileiro de arames.
Os modelos mais utilizados são de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). No caso do ILP, William Marchió diz que ao inserir sementes de gramíneas com o ciclo da colheita de grãos, o agricultor/pecuarista deve dividir as áreas com cercas elétricas e móveis. “Assim os animais podem ser movidos para as novas pastagens”. O veterinário aponta que ao combinar pastagem e lavoura nesse sistema, consegue-se obter mais da terra, já que os animais em pastejo naquele ambiente promovem a ciclagem de nutrientes e da melhoria da matéria orgânica do solo, “o que garante maior produtividade na próxima colheita de grãos”.