Setor de ovos mantém crescimento em 2025 e projeta cenário favorável para 2026
Produção e consumo seguem em alta no Brasil, impulsionados pela queda nos custos de ração e pela demanda doméstica aquecida
O setor de ovos no Brasil cresce 7,6% em 2025. Foto: Canva
O setor de ovos no Brasil registrou forte crescimento em 2025, segundo o Radar Agro da Consultoria Agro do Itaú BBA. A produção aumentou 7,6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior e alcançou 2,447 bilhões de dúzias. Desse total, 83% seguiram para o consumo e 17% para a incubação.
Preços e custos de produção
Os preços dos ovos começaram o ano em alta, chegando a R$ 248 por caixa em março. No entanto, recuaram para R$ 173 em outubro por causa do aumento da oferta. Mesmo assim, os produtores mantiveram margens positivas, impulsionadas pela queda nos custos de ração. O milho acumula retração de 27% desde março, enquanto a soja permanece estável, o que ajuda a preservar a rentabilidade.
As exportações de ovos também cresceram. Entre janeiro e setembro, os embarques somaram 46 mil toneladas, alta de 44,8% em relação a 2024. Os Estados Unidos seguem como principal destino, com 42% da participação, enquanto México, Japão e Emirados Árabes Unidos ampliam suas compras.
Consumo interno e perspectivas
O consumo interno continua sendo o principal motor do setor. O ovo se mantém como alimento acessível e nutritivo, o que aumenta sua procura em períodos de orçamento doméstico mais apertado. Além disso, a boa oferta e os custos menores favorecem o abastecimento interno.
Para 2026, o Itaú BBA prevê continuidade do crescimento entre 4% e 5% ao ano. A expectativa de uma safra maior de milho deve garantir estoques elevados e reduzir ainda mais o custo da ração. Dessa forma, o setor deve sustentar o ritmo de expansão observado nos últimos anos.
A avicultura de postura no Brasil ainda apresenta estrutura fragmentada, mas avança gradualmente rumo à consolidação. A adoção de novas tecnologias, a automação e a eficiência logística fortalecem a competitividade. Além disso, o Brasil mantém altos padrões sanitários e protocolos rigorosos de biossegurança, o que preserva a estabilidade produtiva e a confiança dos mercados internacionais.
