A "Marcha das Margaridas" é um evento realizado a cada quatro anos, desde 2000, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e está na sua 7ª edição. É uma manifestação de mulheres trabalhadoras rurais de todo o Brasil, em prol de direitos sociais e contra a violência contra as mulheres do campo e da floresta. A ação é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e acontece sempre em agosto, em memória da trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983 por defender os direitos de trabalhadores rurais da Paraíba.
O encontro teve como objetivo proporcionar às milhares de agricultoras que participam da Marcha um ambiente de diálogo. Nesses encontros, as trabalhadoras rurais puderam conhecer e discutir assuntos relevantes como garantia de direitos, organização produtiva e geração de renda para autonomia econômica, entre outros.
Para a chefe da assessoria de Participação Social e Diversidade do Mapa, Jayanne Andrade Ramos, participar da Marcha das Margaridas foi uma oportunidade única de apresentar às trabalhadoras rurais de todo o país as ações, planos e programas que existem no Mapa. “Nosso objetivo é consolidar a participação da mulher na atividade agropecuária. Para isso, foi de suma importância mostrar a essa quantidade expressiva de mulheres que temos, no Ministério da Agricultura, políticas públicas que podem auxiliá-las no desenvolvimento de uma agricultura sustentável e rentável”, completou.
A ex-professora e agricultora mineira, Ana Adriana da Silva, destacou a relevância dessa roda de conversa. “Graças a essa oficina, aqui hoje, é que estou conhecendo algo sobre o Ministério da Agricultura que eu desconhecia. Eu não sabia que existiam programas que podíamos acessar e superintendências nos estados que podem nos orientar. Agora vou procurar a de Minas Gerais para entender como podemos produzir melhor e me apropriar das políticas do ministério”.
“Sabemos que na área florestal é muito difícil o nosso produtor pensar no ‘verde’ quando ele tá no ‘vermelho’. Razão pela qual temos trabalhado para ajudá-los a desenvolver sistemas de produção que possam unir o retorno financeiro com a preservação ambiental”, explicou Lizane.