INÍCIO AGRICULTURA Milho

Seca afeta áreas de milho segunda safra

Volume de chuvas abaixo da média deve se manter em boa parte do país nas próximas duas semanas

Publicado em 09/03/2024

Produtores rurais do Centro-Oeste, Sudeste e boa parte do Paraná estão enfrentando dificuldades com o volume de chuvas, que sinaliza dificuldades no último estágio da safra de soja e previsões pessimistas para a de milho.

A empresa EarthDaily Agro, especializada em sensoriamento climático, aponta que as chuvas ficaram 40% e 80% abaixo da média nas últimas duas semanas. Isto ainda não é motivo para preocupação nas regiões produtoras de milho de segunda safra, com plantio previsto para a segunda quinzena de março, mas o monitoramento do modelo europeu ECMWF mostra seca para a maior parte do país nos próximos dias.
Estiagem pode afetar cultura em sua fase inicial. Foto: AEN
Estiagem pode afetar cultura em sua fase inicial. Foto: AEN

“O ciclo do milho de segunda safra ainda está no começo e a exigência das plantas por água é baixa nesse estágio, mas já sabemos que será preciso mais chuvas. Para as próximas semanas, os modelos climáticos estão divergentes: enquanto o modelo europeu (ECMWF) mostra seca para a maior parte do país, o americano (GFS) indica ocorrência de chuvas em algumas regiões. Então, se a tendência de seca se estender até o fim de março, existe possibilidade de afetar o potencial produtivo do milho segunda safra”, explica Felippe Reis, analista de culturas da EarthDaily Agro.

Sul

A exceção é o Rio Grande do Sul, onde os volumes de chuvas se mantém entre 50 milímetros, favorecendo o desenvolvimento das lavouras de verão. O índice de vegetação está atualmente no maior patamar em comparação com as últimas quatro temporadas e a umidade do solo deve permanecer acima da média no curto prazo. No Paraná, mais de 80% do milho de segunda safra foi semeado, mas na região norte o NDVI ainda não aponta emergência clara das plantas e a umidade do solo está abaixo da média. No Sul do estado, o índice apresenta boa dinâmica nesse início de ciclo e a umidade do solo está em bom patamar na região, o que é favorável ao desenvolvimento das lavouras e indica que o ciclo do milho de segunda safra está mais adiantado em comparação com o norte do estado.

No Centro-Oeste, o Mato Grosso também apresenta diferenças de desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra. Na região Centro-Norte do estado, a umidade do solo deve ficar no menor nível em comparação com os últimos três anos. No entanto, o NDVI mostra um início de ciclo antecipado em relação às temporadas anteriores, assim as lavouras de milho terão mais tempo para aproveitar o fim do período das águas. Na região Sul do estado, o modelo europeu prevê que a umidade do solo tenha leve aumento no curto prazo.
No Mato Grosso do Sul a umidade do solo deve continuar baixa de acordo com dados do ECMWF. A umidade do solo deve continuar abaixo da média (linha tracejada), mas deve aumentar de maneira gradual no curto prazo. O cenário aponta similaridade com o ano de 2022, ano em que a produtividade foi boa.Para Goiás, o sensoriamento aponta alta significativa da umidade do solo nos próximos dias, o que será favorável para o desenvolvimento das lavouras. Tanto o GFS quanto o ECMWF indicam alta precipitação para os próximos dias nas áreas produtoras de milho segunda safra.




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