Safra de milho no Brasil deve alcançar 138,2 milhões de toneladas
Safra recorde de milho no Brasil deve atingir 138,2 milhões de toneladas em 2024/25, com destaque para consumo de etanol e exportações em alta
Safra recorde de milho no Brasil confirma força da segunda safra e amplia perspectivas para etanol e exportações. Foto: Canva
A Hedgepoint revisou a safra brasileira de milho 2024/25 e projetou um recorde. A nova estimativa indica 138,2 milhões de toneladas, 3,7 milhões acima da previsão anterior. O avanço da colheita da segunda safra revelou produtividade elevada nos principais estados do Centro-Sul, o que garantiu o resultado expressivo.
De acordo com a consultoria, o clima favorável durante o ciclo da segunda safra compensou o atraso na semeadura. Esse atraso ocorreu devido ao plantio e à colheita mais lentos da soja. Como consequência, estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás superaram 100 sacas por hectare, afirmou Luiz Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets.
Colheita avança rapidamente
A colheita da segunda safra está praticamente finalizada. Até 29 de agosto, produtores do Centro-Sul já haviam colhido 97% das lavouras. Assim, quase toda a produção de milho se encontra disponível para o mercado.
Comercialização em ritmo lento
Apesar da boa safra, a comercialização segue lenta. No início de agosto, produtores haviam vendido 43% da safra. No mesmo período do ano passado, o índice chegou a 48%, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 50%. Esse cenário pressiona a ponta vendedora diante do grande volume que ainda precisa ser negociado.
Consumo de milho para etanol cresce
Ao mesmo tempo, a demanda mostra expansão. O consumo de milho destinado ao etanol deve alcançar 23,7 milhões de toneladas em 2024/25, contra 17,4 milhões no ciclo anterior. O crescimento se explica pela entrada em operação de novas indústrias no país.
Exportações retomam força
No campo externo, os embarques começaram a ganhar força. O atraso da colheita prejudicou os registros nos primeiros meses, mas agosto já apresentou ritmo forte. Para setembro, o volume de exportações programadas é significativo.
