A colheita do milho permaneceu relegada no Rio Grande do Sul em função da priorização da colheita de soja. Pela segunda semana seguida, a área colhida evoluiu apenas 1%, alcançando 76% colhidos no Estado, conforme o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira pela Emater-RS/Ascar. A área de cultivo está estimada em 812.795 hectares, e a produtividade atual está em 6.464 quilos por hectare.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a área colhida atinge 80%, e 10% das lavouras estão em maturação. Em torno de 10% da área restante ainda se encontra entre as fases vegetativa, de floração e enchimento de grãos na dependência de condições ambientais favoráveis, até o mês de maio, para manter o potencial produtivo.Em Manoel Viana, as lavouras de milho safrinha estão em fase de floração. As condições de temperatura, luminosidade e umidade foram adequadas ao longo do mês de março, porém a incidência de cigarrinha e de pulgão está elevada desde o início do ciclo, havendo prejuízo potencialmente relevante nas áreas em que os produtores não realizaram manejo efetivo desses insetos.Em Dom Pedrito, a colheita alcança 60% da área plantada, e as perdas estimadas são de 10%. Na de Caxias do Sul, a colheita avança de forma mais lenta, pois os produtores priorizam a colheita de soja, já que o milho, por ser menos perecível, pode ficar na lavoura para ser colhido depois da oleaginosa. O rendimento médio segue em torno de 8 mil quilos por hectare.Na de Erechim, toda a área cultivada foi colhida. Algumas variedades foram mais afetadas por doenças, e houve uma redução na produtividade, que atingiu 7.120 quilos por hectare. Os produtores demonstraram descontentamento em relação ao preço do produto, e é possível que a área a ser plantada, na próxima safra, seja reduzida. Na de Frederico Westphalen, em razão das perdas estimadas em 25%, a produtividade média está avaliada em 6.330quilos por hectare. A colheita atingiu 95% da área.Na de Pelotas, segue a colheita de milho, que se beneficia da continuidade do clima seco e quente. Muitas lavouras em fase de enchimento de grãos conseguiram se recuperar em virtude das chuvas do período anterior, uma vez que a umidade nos solos é fundamental para esse estádio. Há variabilidade no rendimento por área da região em função da diversificação, da época de plantio e das ocorrências de períodos secos em fases mais críticas. Em geral, as áreas de cultivo apresentam bom desenvolvimento. As lavouras de milho em fase de enchimento de grãos representam 42%; 22% estão em florescimento; 15%, em maturação; e 8%, em desenvolvimento vegetativo. A área colhida chega a 13%.Na de Santa Rosa, normalmente a área de milho safrinha costuma ser maior do que a área destinada à colheita de grãos, mas, nesta safra, muitos agricultores optaram por semear a soja safrinha em áreas colhidas de milho, reduzindo essa diferença. Em relação a milho safrinha, 88% das lavouras foram colhidas; 1% está em maturação; 6%, na fase de enchimento de grãos; e 4%, em floração.A área colhida de milho primeira safra atinge 89%, e a produtividade atual está estimada em 5.678 quilos por hectare. A produtividade média inicial esperada era de 8.579 quilos por hectare – incluindo as lavouras do sequeiro e as irrigadas de milho safra e safrinha –, mas, em razão das condições climáticas adversas no decorrer do período de desenvolvimento/floração das lavouras de milho safra, a produtividade média se reduziu, representando quebra de 33%. As chuvas ocorridas em março, aliadas às temperaturas mais elevadas, foram muito importantes para as lavouras de milho safrinha implantadas em janeiro e fevereiro, proporcionando boas condições de desenvolvimento.Sobre os manejos realizados, foram praticamente encerradas as aplicações da adubação nitrogenada de cobertura e o controle de ervas daninhas. Estão em andamento as pulverizações para o controle de lagarta e cigarrinha. Continuam os relatos de bom desenvolvimento das lavouras de milho safrinha, que possivelmente resultarão em produtividade superior à obtida na safra.Na de Soledade, as temperaturas, a radiação solar e a umidade do solo proporcionaram adequado desenvolvimento da cultura, que apresenta bom padrão geral, apesar dos ataques de cigarrinha e da baixa tecnologia empregada em algumas lavouras. Observa-se alta incidência da doença do enfezamento, que ocasiona sintomas em todas as fases de desenvolvimento. A área colhida atinge 54%; em enchimento de grãos estão 33% das lavouras; 6%, em florescimento; e apenas 2% em desenvolvimento vegetativo.Comercialização (saca de 60 quilos) - O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, teve redução de 0,67%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 51,92 para R$ 51,57.
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