Paraná sobe para 2º lugar nas exportações de milho com alta de 77% em 2024
Estado exportou 1,18 milhão de toneladas no quadrimestre e gerou US$ 267,1 milhões
Milho ganha destaque nas exportações paranaenses, que superam 1 milhão de toneladas até abril. Foto: Claudio Neves
Mesmo com a queda nas exportações nacionais, o Paraná avançou e assumiu a segunda posição entre os maiores exportadores de milho do Brasil. De janeiro a abril de 2025, o Estado embarcou 1,18 milhão de toneladas do grão, um crescimento de 77% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 668,4 mil toneladas, segundo dados do Agrostat/Mapa.
A receita também seguiu em alta: foram gerados US$ 267,1 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão), 81% acima dos US$ 147,9 milhões registrados no primeiro quadrimestre de 2024. O bom desempenho foi impulsionado pelo maior volume embarcado e pela valorização dos preços. No cenário nacional, no entanto, as exportações recuaram 14%, passando de 7,07 milhões de toneladas em 2024 para 6,07 milhões em 2025.
O analista do Deral, Edmar Gervásio, destaca que o Paraná subiu do terceiro para o segundo lugar no ranking de exportações do milho, ficando atrás apenas do Mato Grosso. O Irã liderou as compras do milho paranaense, com 52% do volume, seguido por Egito (12,8%) e Turquia (11,3%).
Além do milho, o Paraná também manteve bons resultados em outras cadeias produtivas. No setor de frango, o Estado continua como líder nacional. No primeiro trimestre de 2025, o abate somou 1,63 bilhão de cabeças, alta de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024, e a produção de carne chegou a 3,45 milhões de toneladas. O Paraná respondeu por 34,2% do total de abates e 34,9% da produção nacional, com crescimento de 2,5% no número de aves abatidas e 3,1% na produção de carne frente a 2023.
Na suinocultura, abril marcou um novo recorde mensal para o Estado, com a exportação de 21,2 mil toneladas de carne suína — 25,5% acima do volume de abril de 2024 e 9,3% a mais que março deste ano. A expectativa é de que o segundo semestre mantenha o ritmo positivo, com possibilidades de novos recordes.
Já a produção de ovos colocou o Paraná em segundo lugar no ranking nacional no primeiro trimestre de 2025, com 459,1 milhões de dúzias, representando 9,8% da produção brasileira. Em termos de exportação, o Estado ocupou a quarta posição, com 2.454 toneladas e receita de US$ 11,7 milhões, resultados abaixo do registrado no mesmo período de 2024.
No setor sucroalcooleiro, a área de cana-de-açúcar deve alcançar 507 mil hectares em 2025, crescimento de 1% sobre o ano anterior. A safra estimada é de 36,7 milhões de toneladas, com 8% da área já colhida desde o início dos trabalhos em março.
A fruticultura também segue em evidência. A produção de pitaia foi estimada em 3,2 mil toneladas em 2023, com valor bruto de produção de R$ 27,5 milhões. O Estado se prepara agora para sediar o IV Simpósio Brasileiro e o II Encontro Paranaense das Pitaias, que acontecerão de 21 a 23 de maio, em Maringá.
Na cultura da tangerina, o Paraná ocupa a quarta posição nacional. Em 2023, foram colhidas 94,5 mil toneladas em 7,1 mil hectares, apesar da redução de área e produção em comparação com anos anteriores. A colheita atual começou com boas expectativas, favorecida pelo clima, e os produtores se preparam para a 57ª Festa Nacional da Ponkan, que ocorre entre os dias 6 e 8 de junho, em Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba.
