INÍCIO AGRICULTURA Milho

Indústria suinícola gaúcha busca ampliar corredores para a importação de milho

Estado quer aproveitar a recuperação da safra de grãos dos países vizinhos para garantir matéria-prima à produção de ração animal

Publicado em 17/01/2024

As indústrias integradas suinícolas do Rio Grande do Sul pediram à Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado a lotação de um fiscal federal agropecuário na aduana de Porto Mauá, no Noroeste do Estado. Com 27 quilômetros de margem com o Rio Uruguai, o município que faz fronteira com a cidade argentina de Alba Posse, pode se tornar um importante canal para a importação de milho dos países vizinhos.

A ação, capitaneada pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips), visa aproveitar a recuperação da safra de grãos dos países vizinhos para garantir matéria-prima à produção de ração animal. “Estamos trabalhando para alfandegar o porto de Porto Mauá e fazer vistorias de cargas lá. Temos em Porto Xavier, em São Borja, em Uruguaiana, mas, para algumas empresas, a entrada de milho é melhor por Porto Mauá”, justifica o diretor executivo do Sips. Rogério Kerber.
Produçào de milho no RS não atende totalmente a demanda do setor
Produçào de milho no RS não atende totalmente a demanda do setor

Além da já consolidada necessidade de o RS importar milho, pois sua produção não atende à demanda, o pedido respalda-se na frustração das três últimas safras de milho devido à estiagem. E, mesmo que a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2023/2024 indique colheita superior a 6 milhões de toneladas, Kerber assegura que as compras do cereal importado, neste ano, serão de, no mínimo, 1,5 milhão de toneladas.
A perspectiva de oferta nos países vizinhos ganhou respaldo no relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Em documento divulgado na última semana, a autarquia elevou a projeção da produção argentina de 48 milhões de toneladas para 50 milhões de toneladas de grãos. "As empresas já estão trabalhando com olhar na importação de suprimento de lá", diz.

A produção paraguaia também foi revisada para cima, subindo de 10 milhões de toneladas para 10,3 milhões de toneladas de grãos neste ciclo.. Atualmente, a matéria-prima para fabricação de ração que desembarca no RS vem do Paraguai. Mas há projeção de adquiri-la também do Brasil Central, já que nem toda a safra gaúcha é destinada à alimentação animal. A colheita de milho no Estado ganhará velocidade a partir da segunda quinzena de fevereiro.
Produçào de milho no RS não atende totalmente a demanda do setor

Rogério Kerber, diretor executivo do Sips

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