Clima favorável nos EUA e safra cheia no Brasil pressionam milho em Chicago
Colheita avança lentamente no Brasil, enquanto cenário internacional mantém cotações em queda

Chuvas atrasam colheita de milho no Brasil, enquanto mercado internacional segue pressionado. Foto: Canva

Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago operam em baixa na manhã desta segunda-feira (16). A posição julho registra recuo de 5 a 6 pontos, cotada a US$ 4,39 por bushel. Na última sexta-feira, os preços encerraram com ganhos entre 6 cents no contrato mais próximo e 2 cents nas posições mais distantes.
Na B3, o cenário também é de leve retração. O contrato de julho está sendo negociado a R$ 62,90, ante R$ 63,35 do fechamento anterior. Já o vencimento de setembro recua para R$ 63,60, frente aos R$ 64,09 da sessão anterior.
De acordo com a Granoeste Corretora, o mercado internacional permanece pressionado pelas melhores perspectivas climáticas nos Estados Unidos e pela expectativa de uma safra cheia no Brasil, que está no início da colheita. No entanto, fatores como a valorização do petróleo e o aumento do uso de biocombustíveis nos EUA podem oferecer suporte aos preços no médio e longo prazos.
No Brasil, o ritmo da colheita segue lento. O plantio tardio e o desenvolvimento estendido pela frequência de chuvas resultaram em atraso. Agora, mesmo com as lavouras maduras, o excesso de umidade tem dificultado os trabalhos de campo em várias regiões.
Segundo dados da Safras Mercado, a colheita de milho no Centro-Sul atinge 2,2%, muito abaixo dos 9,1% registrados no mesmo período de 2024 e dos 5% de média histórica. Já no Mato Grosso, o Imea aponta que 4,5% da área foi colhida, frente a 2,6% na semana anterior e 21,7% no mesmo período do ano passado.
No Oeste do Paraná, as indicações de compra giram entre R$ 57,00 e R$ 61,00. A tendência é de aumento nas ofertas de venda nos próximos dias, com os preços da safra velha e da safra nova praticamente alinhados.
No câmbio, o dólar opera em queda nesta manhã, cotado a R$ 5,52. Na sessão anterior, a moeda havia fechado em R$ 5,541.
