HOME | AGRICULTURA | Milho | Publicado em 04/12/2024
Com os altos custos de produção e os preços em declínio, a área destinada ao cultivo de milho no Brasil está encolhendo a cada temporada. Na temporada 2022/23, a redução estimada foi de 3,8%.
Em maio, essa estimativa foi revisada para 16,3 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 3,8% ou 662 mil hectares em relação a 2022/23. Apesar do cenário econômico desafiador, o calendário de plantio acabou favorecendo e impulsionando o cultivo.
Existem diferenças regionais significativas: enquanto o Paraná viu uma redução na área plantada na safra 2022/23, em 2023/24 houve um aumento de 10,9% devido ao calendário favorável. Mato Grosso (com queda de 5,5% na área) e Goiás (com diminuição de 11,4%) inicialmente indicavam uma redução muito maior na área cultivada, o que não se concretizou.
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Por outro lado, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins experimentaram uma queda média de 20% na área de plantio, influenciada por um cenário econômico desfavorável e um calendário de implantação pouco adequado. O nível de tecnologia também é um fator crucial que afeta a produção, dependendo tanto da condição econômica quanto do calendário. Neste ano, a situação econômica teve um peso significativo.
A produção total de milho (entre primeira e segunda safra) é estimada em 123,4 milhões de toneladas, abrangendo uma área de 21,1 milhões de hectares.
A equipe de reportagem do Rural News conversou com Edivan Possamai, da área de Grãos do IDR-Paraná para saber o panorama da cultura do Estado.
No Paraná, um dos principais estados produtores de milho do Brasil, a temporada agrícola 2023/24 traz desafios significativos para os agricultores. Com uma área cultivada em torno de 2,4 milhões de hectares, praticamente equivalente ou ligeiramente superior ao ano anterior, os desafios não residem somente na extensão das plantações, mas sim na produtividade e na rentabilidade das lavouras.
“Na safra 21/22, o estado enfrentou uma redução na área plantada de milho, devido a ajustes relacionados ao zoneamento agrícola. Restrições na semeadura da segunda safra do grão em regiões mais frias, como o Sudoeste, Centro-Sul e Centro, impactaram diretamente na diminuição da área total destinada ao milho no Paraná”, destaca Edivan Possamai, do IDR-Paraná.
Em relação à produtividade, a safra atual enfrenta uma redução estimada em 5% em comparação ao ano anterior. Esse declínio é atribuído principalmente às condições climáticas adversas, que afetaram de forma desigual o estado. Regiões como o Norte, Noroeste e Oeste sofrem com diminuição na produtividade devido à estiagem e às altas temperaturas, que prejudicaram o desenvolvimento das lavouras.
Quanto à rentabilidade das lavouras, os agricultores enfrentam um cenário desafiador. O alto custo de produção aliado à queda nos preços pagos pelo produto final têm impactado diretamente os lucros dos produtores, levando muitos deles a apenas equilibrar as contas ao final da safra.
Diante desses desafios, os agricultores paranaenses precisam adotar estratégias cada vez mais eficientes para garantir a sustentabilidade de suas operações e superar os obstáculos impostos pela conjuntura econômica e pelas variações climáticas.
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Área de milho encolhe no Brasil; saiba os motivos
A produção total de milho (primeira e segunda safras) é estimada em 123,4 milhões de toneladas
Em maio, essa estimativa foi revisada para 16,3 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 3,8% ou 662 mil hectares em relação a 2022/23. Apesar do cenário econômico desafiador, o calendário de plantio acabou favorecendo e impulsionando o cultivo.
Existem diferenças regionais significativas: enquanto o Paraná viu uma redução na área plantada na safra 2022/23, em 2023/24 houve um aumento de 10,9% devido ao calendário favorável. Mato Grosso (com queda de 5,5% na área) e Goiás (com diminuição de 11,4%) inicialmente indicavam uma redução muito maior na área cultivada, o que não se concretizou.
Por outro lado, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins experimentaram uma queda média de 20% na área de plantio, influenciada por um cenário econômico desfavorável e um calendário de implantação pouco adequado. O nível de tecnologia também é um fator crucial que afeta a produção, dependendo tanto da condição econômica quanto do calendário. Neste ano, a situação econômica teve um peso significativo.
A produção total de milho (entre primeira e segunda safra) é estimada em 123,4 milhões de toneladas, abrangendo uma área de 21,1 milhões de hectares.
No Paraná, um dos principais estados produtores de milho do Brasil, a temporada agrícola 2023/24 traz desafios significativos para os agricultores
A equipe de reportagem do Rural News conversou com Edivan Possamai, da área de Grãos do IDR-Paraná para saber o panorama da cultura do Estado.
No Paraná, um dos principais estados produtores de milho do Brasil, a temporada agrícola 2023/24 traz desafios significativos para os agricultores. Com uma área cultivada em torno de 2,4 milhões de hectares, praticamente equivalente ou ligeiramente superior ao ano anterior, os desafios não residem somente na extensão das plantações, mas sim na produtividade e na rentabilidade das lavouras.
“Na safra 21/22, o estado enfrentou uma redução na área plantada de milho, devido a ajustes relacionados ao zoneamento agrícola. Restrições na semeadura da segunda safra do grão em regiões mais frias, como o Sudoeste, Centro-Sul e Centro, impactaram diretamente na diminuição da área total destinada ao milho no Paraná”, destaca Edivan Possamai, do IDR-Paraná.
Em relação à produtividade, a safra atual enfrenta uma redução estimada em 5% em comparação ao ano anterior. Esse declínio é atribuído principalmente às condições climáticas adversas, que afetaram de forma desigual o estado. Regiões como o Norte, Noroeste e Oeste sofrem com diminuição na produtividade devido à estiagem e às altas temperaturas, que prejudicaram o desenvolvimento das lavouras.
Quanto à rentabilidade das lavouras, os agricultores enfrentam um cenário desafiador. O alto custo de produção aliado à queda nos preços pagos pelo produto final têm impactado diretamente os lucros dos produtores, levando muitos deles a apenas equilibrar as contas ao final da safra.
Diante desses desafios, os agricultores paranaenses precisam adotar estratégias cada vez mais eficientes para garantir a sustentabilidade de suas operações e superar os obstáculos impostos pela conjuntura econômica e pelas variações climáticas.
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