Para os pecuaristas, a safra de verão de 2022 foi marcada por dificuldades na produção de alimentação para o rebanho. Com a marcante escassez hídrica no Rio Grande do Sul, uma das principais fontes de alimento para o gado de corte ou de leite, o milho, sofreu consideráveis perdas, que se converteram em prejuízos ao bolso do agricultor. Nesse cenário, a safra de inverno surge como uma opção estratégica para agregar maior rentabilidade à propriedade, e a cultura do trigo aparece como uma das principais aliadas do pecuarista. “A produção de silagem de trigo entra na propriedade como uma parceira da silagem de milho. Ambas as silagens normalmente possuem um bom valor energético e a de trigo ainda conta com uma ótima porcentagem de proteína. Portanto, esses alimentos não são concorrentes, eles vêm para se complementar e resultar em um melhor balanço na dieta dos animais”, aponta o supervisor comercial da Biotrigo Nutrição Animal, Luiz Henrique Michelon.
E aos pecuaristas que buscam essa complementaridade, um novo material para a produção de pré-secado e silagem será apresentado na 22ª edição da Expodireto Cotrijal. Ele se junta à linha Energix, da Biotrigo, oferecendo um alimento com alta qualidade nutricional ao gado. “Em comparação aos Energix, esse novo material garante mais segurança em sanidade foliar e uma melhor produtividade de grãos, o que confere ao produtor uma diferença em qualidade nutricional, principalmente quanto à energia”, destaca Luiz. Junto a esses diferenciais, o novo mix contará com um maior volume de silagem por hectare. “O produtor irá investir a mesma quantia e colher mais. Esse fator ajuda bastante o pecuarista a diluir os investimentos que são feitos na safra de inverno”, ressalta.
A qualidade destacada da linha Energix é um benefício importante na propriedade da família Salvador, de Guabiju (RS). Segundo o médico veterinário, Airton Salvador, a silagem de trigo, quando unida à de milho, proporciona uma dieta completa aos animais. “O trigo é um excelente ingrediente, trazendo ótima quantidade de fibra, proteína e amido”, conta. A complementaridade das duas culturas na produção de silagem, porém, não oferece apenas benefícios nutricionais. Para Ariel Salvador, o número de animais presentes na propriedade, 156, só é possível pelo cultivo do trigo para silagem no período do inverno. “Optamos pelo Energix por ele ser uma outra safra de comida para o gado. Conseguimos produzir de 60 a 70% da safra de verão em volumoso e a gente conta com isso para ter o número de animais que possuímos hoje. Senão teríamos que ter muito mais área para ordenharmos a mesma quantidade de leite”, revela.
Novo mix para pastejo
Outra novidade aos pecuaristas que visitarem a Expodireto é o primeiro mix de cultivares de trigo para pastejo do portfólio de nutrição animal. Composto por três cultivares, dentre elas o já consolidado Lenox, o mix possibilitará a implantação ainda mais cedo nas áreas, com semeadura a partir de fevereiro. “Esse novo mix traz maior segurança ao produtor em sua implantação com relação a características fitossanitárias, de rendimento e de qualidade bromatológica”, aponta Luiz. A semeadura antecipada busca corrigir uma das principais dificuldades presentes nas propriedades pecuárias, a transição de pastejo. “Um dos maiores empecilhos é o momento de transição da pastagem de verão para a de inverno, e vice-versa. O grande diferencial que o produtor pode esperar desse material é o fato de ele estar crescendo enquanto a pastagem de verão ainda não perdeu a qualidade”, indica.
Para o pecuarista de Serafina Corrêa (RS), Moacir Orso, a semeadura antecipada do Lenox proporcionou diversas vantagens financeiras. “Conseguimos antecipar a pastagem de inverno em torno de 15 a 20 dias e isso nos trouxe uma rentabilidade muito boa”, comenta. Além disso, o produtor observou a produtividade em litros de leite por dia aumentar. “O gado aceitou muito bem o material. No verão, usando seis quilos de ração e a pastagem de verão, a média foi de 27 litros por dia. Quando entramos com a pastagem de inverno, a média subiu para 30. Se ganharmos três litros por dia durante 15 dias, dá um bom salário”, explica Moacir. Com o trigo para pastejo na propriedade, o pecuarista observou a oportunidade para reduzir o teor de proteína na ração. “No verão era 22%, depois foi reduzindo para 20, 18 e, no pico da pastagem de inverno, começamos a trabalhar com 16%. Isso também gera uma economia”, conta.
Biotrigo Nutrição Animal na Expodireto
Conforme Luiz, é de grande importância a Biotrigo Nutrição Animal estar representada em mais uma edição da Expodireto, devido à troca de experiência com os produtores. “Esse contato próximo com os agricultores é fundamental para que tenhamos uma evolução constante e possamos trazer cada vez mais ferramentas para auxiliá-los da melhor forma possível”, finaliza.