O Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação civil pública para a suspensão imediata da entrada de plantas aquáticas da represa do Salto Grande, em Americana, no rio Piracicaba. O problema ocorre com a abertura de uma comporta de uma central hidrelétrica desativada, da represa, para alívio do volume de água.A empresa CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), que administra a central, abriu a comporta pela primeira vez neste ano no último dia 5, com autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O despejo das plantas comprometeu o uso de água do Piracicaba, segundo o MP, em apenas duas semanas do mês.
O MP aponta que a manobra vai liberar 60 toneladas de plantas no rio “desconsiderando os severos riscos de impactos ambientais, sociais, paisagísticos, turísticos (Rua do Porto) e econômicos de tal operação, desde o reservatório de Salto Grande até a UHE de Barra Bonita (região Tanquã)”.
Os promotores Ivan Carneiro Castanheiro e Alexandra Facciolli Martins, do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), que assinam ação, exigem “técnicas e ambientalmente mais adequadas e recomendadas para o manejo e controle das macrófitas no próprio reservatório" sem o despejo de aguapés.
A CPFL informou que mantém o vertimento de aguapés e que monitora a operação, respeitando normas da Cetesb. Também informa que exames não indicam alteração na qualidade da água do rio Piracicaba. A Cetesb informou que também monitora a operação.