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Confirmado foco de Vassoura-de-Bruxa da Mandioca em área indígena remota no norte do Pará

Praga foi registrada em território de difícil acesso na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque

Foto do autor Redação RuralNews
21/05/2025 |
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, em 15 de maio, o primeiro foco da praga quarentenária Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (Ceratobasidium theobromae) no estado do Pará. A ocorrência foi registrada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, no extremo norte do município de Almeirim, próximo à fronteira com o Suriname.

A inspeção foi realizada no dia 28 de abril por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), após o recebimento de uma denúncia. As plantas com sintomas suspeitos estavam localizadas na Aldeia Bona, dentro da Terra Indígena. Duas amostras de material vegetal foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA/GO), que confirmou a presença da praga em ambas as amostras.

O foco está situado em uma área remota, de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas ligadas administrativamente apenas ao estado do Amapá. A região fica distante das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só pode ser alcançada por voos fretados.

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, realiza levantamentos fitossanitários em todo o estado como parte do Plano Emergencial para Prevenção da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. Até o momento, não há registros de suspeitas em áreas comerciais nem interceptações de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização instaladas no norte do estado.

O Mapa esclarece que a Vassoura-de-Bruxa da Mandioca não está relacionada à praga que atinge o cacaueiro. Embora não represente risco à saúde humana, o fungo é altamente destrutivo para as lavouras de mandioca. A doença foi detectada pela primeira vez em 2024, pela Embrapa Amapá, em terras indígenas de Oiapoque. Ela provoca sintomas como ramos secos e deformados, nanismo, brotos fracos e finos nos caules, clorose, murcha, seca das folhas e morte das plantas. A praga se dispersa principalmente por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água.

O Mapa atua de forma conjunta com os órgãos estaduais de defesa agropecuária para vigilância, diagnóstico e contenção da praga, reforçando as medidas de biosseguridade e prevenindo sua disseminação para áreas comerciais.

TAGS: #Mandioca # Pragas
# Vassoura-de-Bruxa da Mandioca # Área indígena # Pará # MAPA
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Editor RuralNews
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