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Fretes de grãos caem após pico de escoamento de safras

Preços do frete de grãos recuam em importantes rotas após pico de escoamento das safras e queda da demanda em setembro

Fretes de grãos caem após pico de escoamento de safras

Preços para transporte caem em Goiás, DF, MS e Minas Gerais. Foto: Canva

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Foto do autor Redação RuralNews
27/10/2025 |

Após o pico de escoamento das safras, os preços do frete de grãos recuaram em importantes rotas do país em setembro, quando comparados a agosto. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), essa tendência foi observada em Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Minas Gerais. O boletim logístico de outubro da estatal detalhou o panorama da logística do setor, mostrando que a redução reflete tanto a menor demanda quanto fatores regionais específicos.

Situação em Goiás, DF e Mato Grosso do Sul

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Em Goiás, a baixa acompanha o padrão sazonal histórico, pois a demanda pelo transporte de grãos tende a desacelerar nesse período. No Distrito Federal, a queda refletiu não apenas a menor movimentação após o término da colheita e do escoamento da segunda safra de milho, mas também o impacto dos custos operacionais e do preço dos combustíveis.

Já em Mato Grosso do Sul, mesmo com parte da oferta de caminhões sendo absorvida pelo transporte interno, a demanda por fretes de curta distância diminuiu, contribuindo para a redução de preços.

Variedade nos preços na Bahia e em Mato Grosso

Na Bahia, os resultados variaram conforme a região produtora. Em Luís Eduardo Magalhães, os fretes se mantiveram estáveis devido ao equilíbrio entre oferta e demanda. Já em Paripiranga, a maior procura por milho para Vitória (ES), Recife (PE) e Feira de Santana (BA) provocou alta nas cotações, enquanto em Irecê a conclusão da safra reduziu os preços.

Em Mato Grosso, algumas rotas registraram aumento moderado, outras apresentaram queda, mantendo o mercado lateralizado. No Piauí, a movimentação regular de grãos garantiu estabilidade nos fretes, embora com menor aquecimento que nos meses anteriores.

Aumento de preços em outros estados

Por outro lado, Maranhão, Paraná e São Paulo registraram alta nos fretes. No Maranhão, a média aumentou cerca de 5%, impulsionada pelo transporte de milho para uma biorrefinaria em Balsas e para granjas e indústrias no Nordeste. No Paraná, a maior demanda elevou os preços, com exceção de Ponta Grossa. Em São Paulo, a valorização ocorreu devido ao aumento da procura pelo produto brasileiro, resultado das alterações nos fluxos comerciais internacionais entre Estados Unidos e China.

Exportações de milho e soja

Em setembro, os embarques de milho atingiram 23,3 milhões de toneladas, contra 24,3 milhões no mesmo mês de 2024. O Arco Norte liderou o escoamento, com 42,5% do volume, seguido por Santos (30,7%), Paranaguá (11,7%) e São Francisco do Sul (9,5%). Já as exportações de soja, entre janeiro e setembro de 2025, somaram 89,5 milhões de toneladas, ante 93,8 milhões no ano anterior. O Arco Norte representou 37,5%, Santos 34,2%, Paranaguá 12,9% e São Francisco do Sul 5,2% do total nacional.

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Editor RuralNews
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TAGS: #Frete # Queda
# Frete Rodoviário # Conab # Companhia Nacional de Abastecimento #
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