No ano em que o mundo foi impactado pela pandemia da covid-19, a margem brasileira da Itaipu Binacional praticamente dobrou os investimentos em obras estruturantes, em ações ambientais, iniciativas humanitárias e de desenvolvimento social em sua área de influência. O resultado foi um impacto altamente positivo para a economia e para o bem-estar das comunidades da região.
Em 2021, a Itaipu segue na mesma linha, com um pacote de compromissos e um cronograma de entregas importantes. “Chegamos a 2021 com o compromisso de produzir 75 milhões de megawatts-hora até o final de dezembro para os sistemas brasileiro e paraguaio, conforme previsto em contrato, e com uma série de entregas”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
“Vamos manter o foco na nossa missão, mas sempre com novos desafios. O principal deles é cumprir à risca os nossos objetivos estratégicos, o que nos comprometemos, e seguir adiante com propósitos que sirvam de engajamento para toda a sociedade”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu.
Para ilustrar, Silva e Luna cita como exemplo o conceito de pendência e tendência. “De forma prática, pendência é que o ficou no passado, o que ficou para trás e temos que obrigatoriamente entregar. Já a tendência, é algo novo, que irá acontecer, para o onde o mundo vai caminhar”.
E complementa: “Antes andávamos com pressa para progredir; hoje corremos para ficar no mesmo lugar. Temos que nos antecipar”, diz, fazendo uma analogia com o trabalho da binacional.
O orçamento da Diretoria de Coordenação, que concentra a execução dos projetos, saltou de R$ 314 milhões em 2019 para R$ 611 milhões em 2020. O aumento foi de 94%. O número de contratos em andamento cresceu 40%, de 280 para 391.
No total, considerando a execução de todos os projetos nos próximos anos, são aproximadamente R$ 2,4 bilhões compromissados, incluindo novos contratos para modernização do setor elétrico brasileiro. Esses recursos incluem obras, como a segunda ponte com o Paraguai, o novo mercado municipal, a revitalização do Gramadão da Vila A, a ampliação dos aeroportos de Foz e Cascavel, além de ações contínuas, como a manutenção da faixa de proteção do reservatório, monitoramento da qualidade da água, conservação da biodiversidade, projetos sociais e de educação ambiental, além da ajuda humanitária para o enfrentamento da pandemia, em caráter emergencial.
“São aportes essenciais para garantir a segurança energética e hídrica, que visa a assegurar de forma sustentável a operação da usina hoje e nas próximas décadas, levando em consideração sua atividade fim, assim como a melhoria da qualidade de vida da nossa gente”, explica Silva e Luna.
Grande parte dessas ações é feita em consonância com as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro, e em parceria com os governos estadual e municipal, no âmbito do Acelera Foz. O programa faz parte de um plano de retomada econômica de Foz do Iguaçu e tem a coordenação estratégica do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Prefeitura de Foz, Sebrae, Programa Oeste em Desenvolvimento, Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi) e Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
Segundo o diretor Silva e Luna esse leque de iniciativas é de grande importância, pois vem permitindo a abertura de várias frentes de trabalho, gerando oportunidades de emprego e renda para quem mais precisa, especialmente neste momento delicado da economia.
Outro dado importante é que a empresa reforçou o caixa para ações sociais. Foram mais de 50 milhões repassados a instituições de saúde e que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Há muito tempo, Itaipu deixou de ser uma usina que só gera energia limpa e renovável, o que já seria muito, pois é líder mundial em produção, para se tornar uma empresa à frente das melhores tendências e práticas de gestão com responsabilidade social e ambiental”, finaliza Silva e Luna.