A nova fase da chamada Operação Dagon, lançada nesta quarta-feira (13), pela Receita Federal, investiga produtores rurais envolvidos em esquemas de sonegação fiscal, em um sistema ilegal que envolve empresas especializadas em emitir notas fiscais eletrônicas falsas para zerar a incidência de impostos sobre mercadorias negociadas dentro do país.
Segundo a Receita, o esquema foi descoberto no final de 2019, na apuração de notas emitidas por empresa que estariam envolvidas em falsificação de produtos agrícolas. Na ação, estas empresas são chamadas de "noteiras".
O órgão estima que o esquema tenha processado R$ 2,2 bilhões em notas "frias" até dezembro de 2022.
Auditores desconfiaram dos valores das notas, considerados muito elevados e o suposto envolvimento de fornecedores internacionais.
Somente em declarações de Imposto de Renda, os suspeitos teriam deixado de recolher R$ 550 milhões.
O nome da operação faz referência a Dagon, um rei que seria identificado por filisteus, no período de ocupação de Canaã (Bíblia), por ter duas faces - uma do bem e outra do mal..