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Produtores e empresários paranaenses pedem pacificação em Guaíra

Faep divulga nota de repúdio à invasão de propriedade rural e à tortura de reféns ocorrida na quarta-feira, dia 10

Agricultores, empresários e entidades setoriais paranaenses manifestaram-se, com preocupação, acerca do último capítulo do conflito entre agricultores e indígenas do município de Guaíra, no Oeste do Paraná. A região está no circuito de 24 mil hectares reivindicados pela etnia Avá-Guarani e concentra grande volume urbano e rural ocupado. O processo corre no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre.
A Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) divulgou nota de repúdio à invasão da propriedade rurale à tortura de reféns por supostos indígenas, na última quarta-feira. Assinada pelo presidente do Sistema Faep/Senar-Ágide Meneguette, a publicação pede a solvência do caso e a liberação da área com urgência para evitar novas ondas de violência.

Propriedade rural foi supostamene invadida por índigenas que torturaram reféns
Propriedade rural foi supostamene invadida por índigenas que torturaram reféns

“É preciso lembrar que, agora, já existe uma lei promulgada pelo Congresso Nacional fixando data para a demarcação das áreas indígenas. Mesmo que não houvesse, não se admite invasões de terra, por índios ou por membros do MST. A Federação da Agricultura do Paraná – FAEP espera uma ação rápida e vigorosa de nossas autoridades”, finalizou Meneguette.


A diretoria da coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) pediu a urgência na pacificação da região. Além de defender os produtores rurais donos das áreas invadidas, a entidade pede ao Estado e ao Governo Federal que a Constituição e a recente decisão do Congresso quanto à questão do Marco Temporal sejam observadas e respeitadas.


“Diante do atual cenário, a Caciopar solicita do estado do Paraná e do Governo Federal uma atuação enérgica das forças policiais para a defesa dos produtores rurais e da população do município de Guaíra, bem como a pronta desmobilização de qualquer movimento invasor que afronte o direito à propriedade privada”, defendeu a entidade, em nota.


Ontem, o Ministério da Justiça autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública na região do conflito. A decisão ocorreu após denúncias de que três indígenas teriam sido baleados, na última quarta-feira, enquanto realizavam ritual de orações.


Segundo publicou a Agência Brasil nesta sexta-feira, “as denúncias são de que a ação violenta foi organizada por fazendeiros da região”. O canal de comunicação oficial do governo federal ainda pontuou que o Ministério dos Povos Indígenas esteve no local dos ataques, nesta semana, e conversou com lideranças e com a Polícia Federal.


A agência de notícias adiantou ainda que o governo do Paraná marcou nova reunião, na próxima terça-feira (16), em Curitiba, para tratar do caso.

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