Os dois líderes se encontraram pela última vez em 19 de julho em Teerã, três dias antes da assinatura de um acordo entre Rússia, Ucrânia, Turquia e as Nações Unidas para permitir a retomada do comércio de cereais ucranianos pelo Mar Negro, bloqueado desde o início da invasão russa na Ucrânia. O centro de coordenação será inaugurado oficialmente na quarta-feira em Istambul. Esta reunião surpresa nas margens do Mar Negro também ocorre quando o presidente turco ameaça desde maio lançar uma ofensiva no nordeste da Síria, para estabelecer uma zona de segurança de 30 km em sua fronteira e afastar os combatentes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seus aliados. O Partido dos Trabalhadores do Curdistão é considerado uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia. Em Teerã, Erdogan estava determinado a realizar essa ofensiva apesar da reiterada oposição do presidente Putin e de seu homólogo iraniano Ebrahim Raissi, que apoiam as que apoiam as milícias auxiliares na região. Os três chefes de Estado, no entanto, assinaram uma declaração conjunta, apoiando implicitamente a Turquia, na qual "todas as iniciativas ilegítimas de autodeterminação" são rejeitadas. Eles também expressaram "sua disposição de se opor às ambições separatistas que poderiam minar a soberania e a integridade da Síria" e ameaçar a segurança dos países vizinhos com "ataques transfronteiriços e infiltrações"