Em março, a TCP (empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá) conquistou dois recordes de produtividade. Um deles é o número de passagens de contêineres no gate (entrada e saída de veículos). No mês, 42.322 contêineres acessaram o terminal, 1.028 a mais que o recorde anterior alcançado em agosto de 2019.
Um dos fatores para o crescimento no número total de transações, foi a melhoria no sistema de agendamento, que agilizou o processo de atendimento. Outra mudança foi a implementação do aplicativo TCP GO, que trouxe mais praticidade aos motoristas e às transportadoras.
O aplicativo é uma alternativa on-line para a guia de agendamento impressa: por meio do celular, o caminhoneiro mostra o código QR Code e acessa o portão. O TCP GO também permite que o motorista acompanhe as alterações de datas e receba notificações atualizadas sobre a situação do terminal e das rodovias.
O crescimento de mercado, citado por França, ampliou a entrada de contêineres, permitindo o alcance do segundo recorde: o aumento de volume de contêiner reefer (contêiner com controle de temperatura). Foram 21.356 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner) movimentados, número alcançado um mês após o último recorde do setor (20.810 movimentados). Quase 100% dos reefers utilizados no terminal são para o transporte de proteína congelada, sendo a maioria de frango (82%) e boi (12%). Segundo o sistema de dados Dataliner, entre os estados líderes em exportação estão o Mato Grosso, com carne bovina; e o Paraná, com frango congelado.
Para permanecer na liderança, até o final de 2023 o pátio reefer passará por um aumento de 43%. Guidolim comenta que “de 3.572 tomadas iremos para 5.126, o que nos mantém na liderança como a maior área reefer entre os terminais brasileiros. Para garantir a excelência nas novas tomadas, foi construída uma subestação de energia própria e a aquisição de 11 novos guindastes do tipo RTG (Rubber Tyred Gantry), que serão entregues até o final do ano”.
O modal ferroviário também é outro diferencial logístico vantajoso para o mercado de proteína, sendo a TCP o único terminal do sul do país com acesso direto a zona alfandegada. “A ferrovia é responsável por transportar um em cada cinco contêineres de exportação até a TCP e atende a diversas demandas, entre elas 25% da exportação de carne congelada”, explica Guidolim.