Olá, amigos do Rural News!
Os futuros de commodities em Chicago deram sequência à alta do pregão da última sessão. Começando pelo complexo da soja, tivemos a soja em grão fechando em alta de 0,76%.
Desde maio, essa é a primeira vez em a soja consegue encerrar com duas semanas consecutivas de alta e com isso temos categorizado a formação de um fundo no gráfico.
Os preços na semana passada trabalharam exatamente em cima do ponto onde comentei que tínhamos um suporte que poderia barrar a evolução de novas quedas e após os participantes deste mercado trocarem muitos lotes na região dos U$9,60.
Finalmente a soja voltou a subir e agora vai em busca da sua resistência mais próxima em U$10,15/bu, se o mercado conseguir romper este patamar a chama da esperança se acende e podemos ver os preços voltando rapidamente para a casa dos U$10,80.
Perto da queda não parece muita coisa, mas estamos falando de uma alta de U$1,20/bu desde o fundo. Do lado dos fundamentos temos rumores de uma grande compra de farelo feita pela China, o que ajudou as cotações do farelo a se valorizarem 0,68% neste pregão.
Do complexo da soja, apenas o óleo fechou no negativo, com queda de 0,28%.
A semana termina com um sentimento positivo e altista! Vale lembrar que como publicado ontem, as vendas semanais nos EUA tiveram um aumento em seu ritmo e caso continuem assim, devem dar mais folego às altas dos futuros!
Trigo encerrou com alta de 0,50% cotado a U$5,51, muito próximo da sua região de resistência nos U$5,60.
Já o milho teve uma alta mais significativa e encerrou com valorização de 1,26%, superando os U$4/bu, caso a cotação do milho consiga ultrapassar a região dos U$4,10 o movimento pode ganhar força, a resistência mais importante do milho está localizada na região dos U$4,50, cerca de 12% acima do preço atual.
Os fundamentos para os cereais continuam os mesmos, essa semana a intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia, foi o principal deles.
Na B3 o contrato de milho teve boa valorização, subindo 1,07% cotado a R$61,62/sc no contrato setembro. Novamente o dólar mais forte e a alta do milho na CBOT ajudaram as cotações por aqui.
Em dia de vencimento de contrato, Dólar contra o Real tem grande volatilidade. Entre a mínima e a máxima o Dólar variou hoje 2% e se encaminha para o fechamento com ganhos de 0,30%.
E hoje pela primeira vez em muito tempo, o Banco Central Brasileiro interveio no Câmbio e colocou à disposição U$1,5 BI de dólares, para quem precisava de liquidez.
Mais uma atuação sagaz do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que previu uma necessidade que poderia gerar um fluxo atípico que tendia a elevar e muito a cotação.
Uma atuação brilhante deste que muitos consideram como o melhor presidente do Banco Central até hoje. Anotem, esse nome vai fazer muita falta na economia Brasileira.
Roberto Campos Neto foi nomeado ao cargo na gestão passada e seu mandato se encerra este ano, quando deverá ser substituído por Gabriel Galípolo, indicado do atual presidente.
Ademais, nesta sexta-feira (30/08) foi publicado o índice de inflação nos EUA, o qual veio abaixo da expectativa e trouxe otimismo às bolsas Americanas. S&P 500 sobe no momento 0,66% e a NASDAQ acumula uma valorização de 0,74%.
Na Ásia/Pacífico as bolsas fecharam todas em alta, com destaque para a bolsa de Hong Kong que teve valorização de 1,25%.
Na Europa o dia foi neutro para as bolsas que encerraram com cotações próximas ao fechamento de ontem.
No Brasil o índice IBOVESPA teve grande volatilidade, chegando a cair quase 1% quando o Presidente Lula deu um discurso menosprezando a autonomia do Banco Central Brasileiro e atacando novamente o atual presidente e criticando a taxas de juros.
Neste momento o mercado estressou e teve uma forte entrada de fluxo vendedor. Porém os anônimos foram se acalmando ao longo do dia e reduzindo as perdas. No momento nosso índice se encaminha para o fechamento com uma queda de 0,44%.