A quarta-feira (27/08) foi um dia misto para as commodities na Bolsa de Chicago (CBOT). O complexo da soja teve queda para o farelo de soja de 1,25%.
Nos últimos dias este componente vinha ajudando o grão a negociar em patamares mais elevados, porém com essa queda no pregão de hoje as cotações da soja em grão caíram 0,96%.
Quando olhamos para o gráfico da soja é nítida a falta de força das altas, percebe-se que é muito mais custoso para o preço subir do que para cair.
É quase como se a força da gravidade estivesse agindo sobre os preços, uma vez que as cotações demonstram muita dificuldade para evoluir quando estão subindo e quando caem, parece que apenas um leve empurrão já é o suficiente para que os preços vão ladeira abaixo.
O único item do complexo da soja que subiu foi o óleo, com valorização de 0,74%.
Um fator que pode vir a mexer com o setor de óleos é a possibilidade de a Índia aumentar a tarifação sobre a importação de óleos vegetais, para proteger os preços locais.
Caso esse rumor venha a se confirmar, podemos ver mais pressão sobre o complexo da soja.
Futuros de trigo deram continuidade ao movimento de alta iniciado ontem, com valorização de 1,12%.
Venho comentando que o trigo está trabalhando de forma lateralizada na bolsa e ontem após os preços negociarem na região de suporte, houve uma recuperação que se estendeu para hoje.
A princípio, o mercado vem em busca da região superior desse retângulo de lateralização, na casa dos U$5,60/bu, cerca de 19 cents acima do fechamento de hoje, ou seja, há espaço para uma valorização de aproximadamente 3%.
Já o milho negociou em queda e encerrou com desvalorização de 0,54%. Um fator fundamentalista que pode alterar o jogo dos preços é a continuidade do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
A preocupação atualmente é elevada, pois o local onde se desenrolaram os últimos embates possui uma usina nuclear e muitos temem que pode haver um acidente por lá.
Caso isso aconteça, é seguro afirmar que ambos os preços de trigo e milho vão se fortalecer!
Na B3 o contrato de milho setembro fechou estável, se equilibrando entre a queda do milho na CBOT e a valorização do dólar ante o real de 1%.
No físico a situação permanece a mesma, muita dificuldade em originar, produtor segue firme em sua estratégia de reter os lotes, garantindo uma estabilidade aos preços.
Consumidores menores acabam comprando pequenas quantidades para repor seus estoques e parecem ter em mente que as próximas negociações não sairão mais baratas que as últimas.
Mercados operam estáveis na maior parte do globo e nos EUA investidores aguaram pela publicação do balanço da NVIDIA.
Ásia/Pacífico tivemos quedas para as bolsas chinesas e leve alta para as do Japão, destaque para bolsa de Hong Kong que fechou em queda de 1,02%.
Na Europa bolsas fecharam estáveis, a maior variação do dia foi da bolsa alemã que fechou com alta de 0,57%.
Nos EUA os dois principais índices encerraram em queda, S&P 500 com desvalorização de 0,60% e Nasdaq com queda de 1,14%.
O balanço da Nvidia será publicado após o fechamento.
No Brasil o Indice Ibovespa negociou em baixa durante a manhã mas conseguiu se recuperar e encerrou o dia com alta de 0,42%.