Os movimentos de baixas computados no pregão desta sexta-feira (09/09) na Bolsa de Chicago (CBOT) colocam a soja nas mínimas do ano e apontam a direção rumo aos U$9,60/bu. E a semana vai encerrando com mais uma forte queda para os contratos da soja.
No pregão desta sexta-feira, a soja contrato novembro caiu 0,57% e encerrou a semana com queda acumulada de 2,41%, cotada a U$10,02. Os pontos negativos seguem os mesmos abordados aqui ao longo da semana.
As cotações de farelo de soja caíram 2,44% neste pregão o preço encostou na região de suporte gráfico em U$311 por tonelada curta, atingindo patamares de preços que não eram vistos desde outubro de 2021, caso venha a perder esse patamar de preços, seu próximo suporte fica nas mínimas de 2020 em U$282.
E se de fato o farelo continuar a cair, podemos ver preços cada vez piores para a soja em grão. A outra ponta do complexo da soja, o óleo, conseguiu produzir uma leve alta de 0,64% neste pregão e no semanal deixa uma barra com características de reversão, subindo 0,76%.
Caso semana que vem os preços ultrapassem as máximas dessa semana, é possível que o movimento corretivo se estenda para a região dos U$44, cerca de 3 dólares acima do preço atual. Essa alta também pode ser um contrapeso para o farelo e ajudar a segurar cotações do grão.
O trigo encerrou o dia (+0,93%) e a semana (+0,65%) em alta, marcando um fundo no gráfico, o que pode sugerir novas altas, porém como já comentado nos artigos passados, essa alta no momento não tem muitas condições para ser considerada relevante.
Para o trigo, o mais provável neste momento é que os preços fiquem oscilando lateralmente entre a região que vai dos U$5,70 a U$5,25. Já o milho seguiu a queda da soja e encerrou com queda de 0,66%, pela segunda semana consecutiva de queda o milho na CBOT se desvalorizou mais 2,52% e trabalha no momento nos mesmos patamares de preços vistos durante a guerra comercial na gestão Trump de 2018.
Aqui no Brasil, o contrato de milho setembro ignorou o movimento do exterior e encerrou com alta de 0,23% na variação diária.
Porém na semana, a queda acumulada foi de 2,59%. Ao longo dessa semana o contrato chegou a negociar a R$62,22/sc e encerrou a semana cotado a R$60,23/sc.
O dia foi de recuperação para as principais bolsas mundiais. EURO STOXX 50 teve leve alta e subiu 0.03%. Na Ásia/Pacífico, bolsas encerraram o dia com lucro e o destaque de alta ficou com a bolsa australiana, subindo 1,25%.
Nas bolsas americanas a volatilidade vem diminuindo e os movimentos de altas e baixas também, com isso S&P 500 subiu 0,56% e NASDAQ subiu 0,57%.
No Brasil, o principal índice acionário, o IBOVESPA, teve forte alta de 1,43%. Apoiado por uma rodada de balanços que agradaram os investidores. Neste momento a nossa bolsa atinge o famigerado patamar dos 130.500 pontos e abre caminho para ir em busca da máxima histórica.