Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo desta manhã de terça-feira em alta de 11 pontos, a U$ 5,10/setembro. Ontem, as posições próximas fecharam com queda de 7 cents. Na BMF, setembro opera em R$ 56,60 (+1,3%) e novembro, em R$ 59,95 (+1,3%).
As tensões no Leste Europeu seguem no radar. O governo rursso se retirou do acordo do corredor de exportação de grãos alegando a explosão de uma ponte estratégica que liga a Rússia com a disputada região da Crimeia. Ainda, os russos declaram que este acordo, tido como humanitário, na realidade é puramente comercial e defende os interesses da Ucrânia e dos países do ocidente. Dessa forma, as exportações de alimentos, grãos e fertilizantes através dos portos ucranianos serão afetadas, já que a insegurança bélica na região é a principal preocupação.
As condições das lavouras norte-americanas de milho melhoraram em comparação com a semana anterior, dentro do que era esperado pelo mercado. As áreas consideradas boas/excelentes estão em 57%, ante 55% da semana anterior e 64% do mesmo ponto do ano passado.
Já, em relação ao estágio, 47% das lavouras entraram em floração, ante 22% da semana prévia e 34% da mesma data do ano passado. Em formação de grãos são 7%, contra 3% da semana passada e 5% de 2022.
Segundo a CONAB, a colheita de milho safrinha no Brasil atinge praticamente 40%, uma evolução de 10 pontos percentuais na semana; na mesma data do ano passado, o índice era de 49,2%.
Internamente, O mercado conta com forte aumento da disponibilidade. O ritmo de negócios é lento, com níveis de preços considerados pouco atrativos. Dada a grande oferta e necessidade de exportações de pelo menos 50,0MT, o piso dos preços fica dependente das cotações internacionais, resultantes da equação entre CBOT, câmbio e prêmios. Os agentes internos continuam monitorando o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste, bem como o desenrolar dos eventos no Leste Europeu.