Começa oficialmente a colheita nacional do milho de segunda safra, na Fazenda Jaqueline, em Cláudia, nesta quarta (12), em Mato Grosso. O evento é realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de MT (Aprosoja-MT) e pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) A solenidade contará com dois painéis. Um que irá abordar o cenário político para a agricultura e outro que contará com temas técnicos, como o mercado das commodities. O evento ocorre entre 9 e 11 horas (horário de MT). O anfitrião do evento, Zilto Donadello, que é vice-presidente da Abramilho e membro da Diretoria da Aprosoja-MT, destaca que a produção do cereal no Brasil deve ser de 125 milhões de toneladas na safra 2022/23. Desse montante, a segunda safra é a mais representativa: 96 milhões de toneladas. Sendo 12% a mais que na safra anterior, quando foram 85 mi de t. Este salto se deve a ousadia dos produtores em investir em tecnologias com variedades com maior potencial produtivo, fertilizantes, biológicos, correção de solos, dentre outras ações. Apesar da grande produção, o vice-presidente da Abramilho pontua que isso não é novidade, pois a realidade brasileira é de safras cada vez mais expressivas. Por outro lado, a grande safra de milho volta a evidenciar os desafios do setor. Em especial em Mato Grosso, que é o maior produtor de grãos do Brasil. Zilto lembra que o estado do Centro-Oeste enfrenta muitos problemas logísticos, em razão da distância dos portos e também do déficit de armazenagem, que é de 56%. A capacidade de armazenagem é insuficiente para guardar, por exemplo, somente a safra de milho do Estado, que de acordo com informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), pode superar as 50 milhões de toneladas. A capacidade de armazenamento, entretanto, é de apenas 46 milhões de toneladas, segundo a Conab. Com número de produção como estes, que saltam aos olhos, também enfrentamos problemas com a logística de transporte e armazenagem. No transporte, ainda dependemos do modal rodoviário, o mais carro do mundo, já o modal ferroviário vem sendo construído, porém a passos lentos devido a burocracia nas licenças ambientais. O evento de abertura nacional da colheita do milho de segunda safra deverá contar com a presença do vice-presidente da Abramilho, Zilto Donadello e família, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain e do presidente da Abramilho, Otávio Canesin, que farão a abertura da cerimônia. Além disso, o painel político deverá ser composto pelo mediador Rafael Nuernberg; presidente da Aprosoja-MT Fernando Cadore; deputado estadual Dilmar Dall Bosco; deputada federal Coronel Fernanda e do presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão. Já o painel técnico será mediado pelo diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira. Contará com as presenças de André Dobashi, presidente da Aprosoja Mato Grosso do Sul; do vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber; do superintendente do Imea, Cleiton Gauer; Giovanni Ferreira e profissionais da Corteva Agriscience.
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