INÍCIO AGRICULTURA Geral

Relatórios de oferta e demanda e trimestral de estoques do USDA surpreendem com números abaixo das expectativas

O relatório mensal de oferta e demanda referente a janeiro e relatório trimestral de estoques referente a primeiro de dezembro nos EUA, emitido pelo USDA nesta quinta-feira, 12/01, de uma maneira geral trouxe números surpreendentes, abaixo das expectativas do mercado, sobretudo em relação aos estoques norte-americanos.

Publicado em 12/01/2023

O USDA (United States Departament of Agriculture) divulgou nesta quinta-feira, 12 de janeiro, o seu relatório mensal de oferta e demanda (WASDE) referente ao primeiro mês de 2023 e o Relatório Trimestral de Estoques, referente a primeiro de dezembro nos EUA. O analista de mercado da Granoeste Corretora, de Cascavel/PR afirma que os números surpreenderam o mercado, pois, de uma maneira geral, ficou abaixo das expectativas do mercado, sobretudo em relação aos estoques norte-americanos.

ESTOQUE DE SOJA

Os estoques de soja em solo norte-americano no início de dezembro foram estimados pelo USDA em 82,25MT, 3,35MT abaixo do esperado pelo mercado e bem abaixo daqueles apurados na mesma data do ciclo anterior. Quanto às projeções, afirma Camilo, "o relatório de oferta e demanda mostra muitas variações em relação ao esperado pelo mercado e também em relação ao mês de dezembro – a começar pela produção dos EUA que cai quase 2,0MT, para 116,38MT (janeiro costuma ser o mês para divulgação do número definitivo de colheita). As exportações estão avaliadas agora em 54,16MT, queda de 1,6MT sobre o relatório de dezembro. Os estoques finais, que eram esperados em alta, acabaram tendo ligeira queda, para 5,72MT". O analista afirma que para a Argentina, o USDA promoveu um corte de 4,0MT, para 45,5MT – embora consultorias locais indicam uma safra abaixo de 40,0MT em razão da intensidade das perdas por irregularidades climáticas. A produção brasileira é majorada em 1,0MT, para 153,0MT, com exportações de 91,0MT. Para a China, o USDA está promovendo um corte de 2,0MT nas importações de 2022/23, para 96,0MT. O relatório mostra que a produção mundial deiminuiu, de cerca de 3,0MT para 388,0MT. O consumo também é reduzido em algum volume – cerca de 1,5MT – para 379,5MT. Apesar dos cortes na produção, os estoques finais globais são elevados em cerca de 1,0MT, para 103,5MT.

ESTOQUES DE MILHO

Para Camilo Motter, o grande fator positivo do milho veio com a forte redução dos estoques existentes nos EUA em primeiro de dezembro, que foram avaliados pelo USDA em 274,6MT, cerca de 10,0MT abaixo do esperado pelo mercado e mais de 20,0MT abaixo dos estoques existentes na mesma data do ano anterior. Quanto ao relatório de oferta e demanda, cabe observar o corte expressivo da produção dos EUA em mais de 5,0MT, para 348,75MT. As exportações perdem cerca de 3,0MT, para 48,9MT. Ao mesmo tempo, os estoques finais, que eram esperados em alta, acabaram tendo ligeira queda, para 31,54MT. "A produção da Argentina é avaliada em 52,0MT, ante 55,0MT do relatório anterior. Para o Brasil, o USDA também promoveu um pequeno ajuste negativo, de 126,0MT para 125,0MT. Já, as exportações da Ucrânia ganham mais força e são elevadas em 3,0MT, para 20,5MT.", informa o analista. "Em termos globais, a produção cai cerca de 6,0MT, para 1.155,9MT e as projeções para os estoques finais caem de 298,4MT para 296,4MT", destaca. Camilo Motter afirma que também houveram ajustes importantes em relação à temporada 2021/22, tanto para a soja quanto para o milho. Veja estes e outros números no gráfico que ilustra esta reportagem.
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