Relatório mensal de oferta e demanda do USDA gera boa expectativa para o mercado de milho
Segundo o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, "os investidores se buscam recompor suas carteiras frente ao relatório mensal de oferta e demanda.
Os contratos negociados com milho iniciaram a manhã de quarta-feira, 11/01, na Bolsa de Chicago(CBOT) em alta de 3 cents, a U$ 6,58/março. A BMF trabalha em R$ 87,80/janeiro (-0,15%) e R$ 92,80/março (+0,1%).
Segundo o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, "os investidores se buscam recompor suas carteiras frente ao relatório mensal de oferta e demanda (WASDE), que será divulgado nesta quinta-feira – dando tom positivo ao mercado". Analistas esperam que a última safra de milho norte-americano seja avaliada em 353,6MT, ligeiramente abaixo de dezembro (no ciclo anterior a colheita ficou em 383,0MT). Em contrapartida, os estoques devem vir em alta, passando de 31,9MT, para 33,1MT.
Além disso, o Line-up nos portos brasileiros aponta embarques de milho na ordem de 5,0MT neste mês de janeiro. Caso se concretize, as exportações da temporada, iniciada em 1º de fevereiro/22 e que se encerra em 31 janeiro/23, totalizarão 47,7MT, um novo e alargado recorde histórico.
No Paraná, o DERAL indica que as lavouras de milho verão se encontram nos seguintes estágios: 13% na fase vegetativa; 42% em floração; 37% em frutificação e 8% em maturação; as condições das lavouras estão assim avaliadas: 79% boas, 18% regulares e 3% ruins. A safra no estado é estimada em 3,7MT, ante 2,9MT colhidas na safra verão do ano passado.
Camilo ressalta que extensas áreas do Brasil seguem sofrendo com a falta de chuvas, especialmente o Rio Grande do Sul, onde algumas avaliações estimam perdas entre 30% e 70% nas lavouras de milho. Essa mesma onda de irregularidades climáticas, ainda em consequência do La Niña, atinge mais fortemente a Argentina e também áreas do Paraguai.