Os preços da soja registraram forte alta nos futuros de Chicago (CBOT) nessa manhã de quinta-feira, 15/06, com mais 18 cents, a U$ 14,06. Mercado volta ao patamar superior aos U$ 14,00, depois de ter caído abaixo dos U$ 13,00 em fins de maio. Ontem, houve perdas de 3 a 11 cents nos dois primeiros vencimentos.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR há indicativos de melhor demanda com a queda dos juros na China. O suporte também é atribuído aos transtornos do clima nos campos de cultivo dos EUA.
As posições mais distantes, relativas à safra nova norte-americana, apresentam ganhos ainda mais significativos. Isto sinaliza que os investidores começam a perceber riscos na evolução da safra. De fato, o começo de estação está sendo desafiador em termos climáticos.
O monitor de secas, atualizado há pouco, mostra que extensas áreas no coração do Meio Oeste seguem com baixos teores de umidade. As recentes chuvas, adequadas para muitas regiões, acabaram ficando aquém do esperado em muitas outras áreas.
O USDA acaba de informar que, na última semana, as exportações de soja somaram 0,48MT, elevando o total da estação para 51,6MT, ante 60,1MT do mesmo período do ano passado. Os embarques somam 48,5MT, ante 50,6MT do mesmo intervalo do ciclo anterior.
No mercado interno, de maneira geral, a comercialização segue em ritmo lento. Muitos produtores, depois da intensa pressão vivida nos últimos meses, passaram a adotar uma postura restritiva, apostando em percalços na evolução da safra norte-americana.
Por outro lado, persistem os entraves logísticos, com atraso e lentidão nos embarques portuários. Por esta razão, os prazos de carregamento no interior, bem como os prazos de pagamentos continuam bastantes dilatados, muito maiores do que em anos anteriores. Prêmios no spot são indicados sob pressão, na faixa entre -110/-90
