O mercado de trigo no Rio Grande do Sul enfrenta problemas com a transferência de custos, o que tem gerado insatisfação entre os participantes do setor, segundo analistas da TF Agroeconômica.
Para a consultoria, o mercado local permanece apático, com moinhos bem abastecidos e focados no fechamento do mês antes de retomarem as compras.
As reclamações se concentram na moagem e nas margens baixas, sendo que a solução proposta é o uso do mercado futuro para mitigação de riscos financeiros.
Em Santa Catarina, o trigo gaúcho da safra passada é atualmente o mais barato, incluindo também o trigo da nova safra.
A situação do mercado continua estável, com moinhos estendendo seus estoques devido à falta de demanda ou viabilidade econômica das farinhas.
Dessa forma, os moinhos catarinenses se abastecem no Rio Grande do Sul e esperam complementar seus estoques com a nova safra do Paraná e do próprio RS.
No Paraná, a perspectiva de uma colheita maior sugere que os preços atuais da nova safra podem ser lucrativos para os produtores.
O comprador está oferecendo R$ 1.650,00 CIF moinho desde o final da semana passada, e apesar do aumento do dólar ter trazido lotes a R$ 1.700,00 FOB, essas negociações não se concretizaram.
O comprador busca pagar no máximo R$ 1.600,00, destacando a sensibilidade dos preços frente às oscilações cambiais e à oferta disponível.
Essas informações refletem a dinâmica atual do mercado de trigo no Sul do Brasil, onde variáveis como demanda, custos de produção e a influência do mercado cambial desempenham um papel crucial na determinação dos preços e na tomada de decisões dos agentes econômicos envolvidos.