Apesar de certa piora na qualidade das lavouras norte-americanas, o mercado de commodities na Bolsa de Chicago (CBOT) sente certa pressão. Na terça-feira (04/08), depois de atingir alta de 25 pontos, o mercado cedeu, mas ainda assim fechou com ganhos de 12 cents.
No fim da tarde de ontem, o USDA anunciou que 65% das áreas de soja se encontram em boas/excelentes condições, queda de dois pontos no comparativo com a semana passada.
As áreas tidas como regulares somam 25% e as ruins/péssimas, 10%. No mesmo ponto do ano passado, os índices eram, respectivamente, 53%, 30% e 17%.
Quanto ao estágio, 94% estão em formação de vagens e 13% em maturação – índices idênticos aos do ano anterior.
A melhora da demanda pelo produto dos EUA, bem como as dúvidas climáticas à frente deixam o mercado bastante nervoso e volátil.
A crença é de que os preços devem se fixar acima dos U$ 10,00, depois de ter testados níveis abaixo de U$ 9,50, no pior momento em mais de quatro anos.
Em termos fundamentais o mercado busca equilibrar-se com base num consumo aparentemente mais ativo e na perspectiva de chegada de uma safra cheia – possivelmente recorde – nos EUA.
E, claro, sem esquecer que, na América do Sul o início do ciclo de chuvas tende a atrasar, com potencial para postergar a implantação das lavouras.
As preocupações com o clima também estão presentes no leste europeu e na China.