Depois da derrocada dos preços vivida na semana anterior, os preços da soja se mostram em alta nos futuros de Chicago (CBOT), na manhã de terça-feira, 28/02, alta de 10 cents, a U$ 14,52/maio.
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, os fundos e investidores voltam às compras, recompondo suas carteiras. O petróleo também volta a subir e a demanda dá sinais de revigoramento.
Os mercados de ativos financeiros também se mostram menos preocupantes, depois que bancos centrais se mostraram dispostos a sanear bancos em crise.
O mercado também busca se posicionar para receber as projeções do USDA para a próxima safra norte-americana, cujo plantio começa no próximo mês. Vão ser divulgados no último dia do mês, 31/03, na sexta-feira. Quando haverá também a apresentação do relatório de estoques relativo a primeiro de março.
As exportações brasileiras de soja somam até aqui, em março, 9,99MT – informa a Secex.
O ritmo está melhorando nestes últimos dias (depois de uma longa temporada de chuvas em diversos portos). O volume total do mês deve superar aquele apurado em março do ano passado, quando foram despachadas 12,2MT.
De acordo com o levantamento da Conab a colheita da safra brasileira de soja chega a 69,1%, ante 75,8% do mesmo ponto do ano passado.
Internamente, depois de forte pressão, o mercado parece ter encontrado alguma estabilidade e pode até apresentar reação positiva. Porém, a taxa de câmbio se apresenta abaixo de R$ 5,20, contrapondo negativamente os ganhos verificados na CBOT.
Frequentemente, por razões macroeconômicas (um por representar commodities e o outro, a contrapartida financeira) câmbio e CBOT têm se comportado em direções opostas, o que, em grande parte, acaba por neutralizar a evolução do preço doméstico. Apesar das indicações pouco atrativas, o ritmo de negócios tem melhorado.
Os prêmios nos portos brasileiros seguem bastante pressionados, sendo cotados no spot, na faixa de -85 /-75.
Prêmios e custo do transporte tendem a ajudar na formação do preço de interior assim que acabar a pressão da oferta vinda da colheita. Tal pressão tem menos a ver com a dimensão da safra e muito mais com a falta de infraestrutura de armazenagem e de transporte.
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