A promessa de que a picanha vai voltar ao prato do consumidor brasileiro parece ficar mais difícil de se concretizar em 2023, pelo que indica um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O índice global de preços de carnes da Organização divulgado pela entidade, mostrou que a proteína animal ficou mais cara em 2022, segundo comunicado divulgado no dia 06/01. Os números da organização fecharam 2022 em uma média de 118,9 pontos, alta de 10,4% em relação a 2021. Essa é a maior média anual registrada desde 1990.
Apesar de no mês de dezembro o índice ter caído 1,2% comparado com novembro, para 113,8 pontos, na sexta queda consecutiva mensal, na comparação com dezembro de 2021, o índice subiu 2,5%. O declínio em relação a novembro foi devido à redução nos preços globais de carnes bovina e de frango, parcialmente compensada pelo aumento nos preços de carnes suína e ovina.
Segundo a entidade, os preços internacionais de carne bovina caíram, pressionados por maior oferta de bois para abate em diversos grandes países produtores e fraca demanda global no médio prazo”, disse a FAO em comunicado.
Os preços de carne de frango tiveram queda já que a oferta de produtos para exportação foi mais do que suficiente para suprir a demanda apesar das dificuldades relacionadas à intensificação dos surtos de influenza aviária. Os preços de carne suína subiram com o crescimento de demandas internas no período que antecedeu o Natal, principalmente na Europa. Já os preços de carne ovina aumentaram impactados por movimentos do câmbio.